O mundo se inclina quando citados os nomes Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar... São os atacantes. Os fazedores de gols. A glória. A galera ao delírio. E os goleiros? Só lembrados em atos isolados de alguma grande defesa. Jamais alcançarão as glórias dos atacantes. Os goleiros são os chatos que impedem o que a torcida mais quer: o gol. Mas há também os heróis goleiros, os bravos goleiros, os que entram para a história como Gilmar, Yashin, Gordon Banks. Já agora herói é Cláudio Bravo, do Chile. Pegou três pênaltis, eliminou Portugal da Copa das Confederações e nem deixou que Cristiano Ronaldo tivesse o gosto de bater. O goleiro virou destaque maior que Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo. Cristiano baixou a crista.
Dois
Aqui, os goleiros Everson e Marcelo Boeck são os melhores. Dia um joga melhor, dia joga melhor o outro. Belas defesas aqui, uma saída errada acolá, coisa assim. Mas, no cômputo geral, estão acima da média. Nenhum, porém, consegue ficar acima do paraibano Harry Carey, ídolo dos anos 60.
Inesquecíveis
O meu ídolo como goleiro foi Ivan Roriz, goleiro do Ceará nas décadas de 1950 e 1960. Mas Harry Carey foi fenomenal. Harry jogou no Ceará e no Fortaleza. Ídolo nos dois maiores rivais. Dizem que Harry Carey tocava sanfona muito bem. Não seria um Waldonys, mas dava para os gastos. Inesquecíveis Ivan e Harry.
Recordando
Três goleiros que também marcaram suas passagens com belas atuações. A partir da esquerda: Lulinha, Cícero e Procópio. Detalhes: Lulinha (Luiz Francisco do Rego) morreu em 2013 aos 64 anos de idade. Cícero tem ativa participação na Fugap (Fundação de Garantia do Atleta Profissional). Há muitos anos não vejo Procópio.
Grandes goleiros
Felizes os que viram em ação os goleiros Pedrinho Simões, Pedrinho (o Pedronito), Marcelino, Pedro Cruz, George, Adir, Sieta, Gilvan Dias, Jairo, Ivan Roriz, Romualdo, Rominho, Lulinha, Pedro Cruz, Pinto, Aloísio Linhares, Aloísio II (o Verdureiro), Dadá, Procópio, Emanuel... Mandem-me mais nomes.
Homenagens
Hoje o almoço promovido pelo Ceará no qual serão homenageados o meia Magela (campeão do Nordestão em 1969 e bicampeão cearense em 1971/72) e o ex-presidente do conselho deliberativo, do clube, Ernando Uchoa Lima. Ernando (86 anos), uma vida de amor ao Ceará. Merecida homenagem.
Três ou quatro
A minha falha memória não me socorre, mas sei que o goleiro Jefferson também pegou três ou quatro pênaltis num jogo em noite feliz. Saiu de campo no Castelão como herói, nos braços da galera. Jefferson foi um dos maiores pegadores de pênalti que conheci. Espero que ele me mande os detalhes dessa proeza.
Goleiro paraguaio. Em fevereiro deste ano, pela Libertadores, o Botafogo vencera no Rio o Olímpia do Paraguai por 1 a 0. No jogo de volta no Estádio Defensores Del Chaco em Assunção, perdeu por 1 a 0. A decisão foi para os pênaltis. Aí o goleiro do Botafogo, Gatito Fernández, virou herói: defendeu três cobranças e garantiu a classificação do Botafogo com a vitória por 3 a 1 na disputa de pênaltis. A única cobrança que ele não pegou foi a de Rodi Ferreira. Detalhe: Gatito Fernández é paraguaio.