O título da Série C ficou em ótimas mãos. O time de Alagoas, pela campanha, em tudo superou os demais. Em quatro jogos com o Fortaleza, ganhou dois e empatou dois. Saiu invicto no confronto direto. E teve a proeza de ganhar dentro de um Castelão lotado, quando estabeleceu a vantagem que o levou ao título. O Fortaleza foi brioso. Tentou reverter a situação, mas já se sabia que seria muito difícil. O técnico do CSA, o cearense Flávio Araújo, soube administrar com muita competência o elenco que lhe foi entregue após a demissão de Ney da Matta. E conduziu sua equipe à quebra de um jejum de nove anos sem títulos. Põe uma estrela de ouro no uniforme branco e azul. Flávio mais uma vez confirma sua capacidade. Bela conquista.
Missão cumprida
Embora encerre o ano sem o título de campeão da Série C, o Fortaleza alcançou seu maior objetivo: a subida para a Série B. Mesmo com as limitações, espantou fantasmas, traumas, complexos e tabus. Abre o ano de seu centenário com boas perspectivas. Há que ser célere no planejamento. O ano 2018 está aí.
Menção especial
A subida do Fortaleza, claro, foi de todo o grupo. Mas há que se reconhecer que quatro nomes, em suas áreas, foram essenciais na ascensão para a Série B. No setor diretivo, o presidente Luís Eduardo Girão; nas quatro linhas, Boeck; à margem do campo, Bonamigo, que montou o time e Zago na reta final.
Recordando
Não sei a data em que a foto foi batida. Creio na década de 1980. Seleção Cearense de futsal no Campeonato Brasileiro disputado em Uberaba, Minas Gerais. A partir da esquerda: Serginho, Demétrius, Valber, Bellini e Renan Vieira. Detalhe: Renan foi o presidente do tetra estadual conquistado pelo Fortaleza. (Do álbum do colaborador, Serginho).
Desgaste
Em seis dias o Ceará jogou três vezes, incluindo uma viagem a Barueri/São Paulo. No dia 14 (sábado), ganhou do Oeste em Barueri. No dia 17 (terça), ganhou do Paraná (1 x 0) no Castelão. No dia 20 (sexta), empatou com o Figueirense no Castelão. Tudo em seis dias. Agora só joga no sábado, 28. Ainda bem.
Mostra
A resistência mostrada pelo Figueirense é um recado direto. É previsível a repetição de situação assim quando no Castelão o Ceará receber o Guarani/SP, o Paysandu e o ABC, independente da colocação em que estas equipes estejam na época. É bom o Chamusca já ir estudando as alternativas.
Pio à frente
Pio, o sorriso. O canhão. O gol. O empate com cheiro, sabor e suor de vitória. Pio à frente. Os demais, com semblantes de felicidade, em bloco, seguem o autor da salvação. Pio salvou de uma terrível decepção a torcida alvinegra. Uma derrota no Castelão para o Figueirense seria cruel. Abalaria a confiança do grupo, máxime antes de seguir para dois grandes desafios em terras gaúchas.
Frustração. Será lamentável se o Estado do Ceará ficar fora dos Jogos Escolares 2017. São contornáveis, a meu juízo, os argumentos que a Sesporte apresentou para justificar a possível ausência das delegações dos esportes coletivos. Se os outros Estados se habilitaram a tempo, por que o Ceará negligenciou? Professores e atletas fazem um dramático e último apelo ao governador Camilo Santana, no sentido de evitar a frustração dos que se prepararam o ano inteiro. Ainda há tempo para as devidas correções.