Tom Barros: Copa das ilusões

Há uma luta danada dos clubes brasileiros por uma vaga na Copa do Brasil. Pelo dinheiro que referida competição oferta aos seus participantes, o apelo acontece. Mas, para boa parte dos times, a Copa do Brasil não passa de um festival de ilusões. Logo na primeira rodada, 40 são despachados. E assim se foi o nosso Floresta. No lugar da satisfação de uma presença triunfante, o gosto amargo de uma eliminação precoce. Lembrei do saudoso cantor e compositor Belchior, quando diz que a gente caminha para a morte, pensando em vencer na vida. A grande maioria dos times da Copa do Brasil caminha para a eliminação pensando em subir ao pódio. Esse modelo de ter de ganhar, caso jogue em casa na primeira rodada, já é sinal de olho da rua.

Vem mais

O Floresta provou mel e fel quase ao mesmo tempo. Saiu do amadorismo para disputa nacional. Mas a graça acabou melancolicamente no primeiro jogo. Na próxima semana, estrearão na Copa do Brasil Ceará e Ferroviário. O resultado negativo do Floresta vale como advertência.

História

O Ceará brilhou na Copa do Brasil de 1994, quando foi vice-campeão. Só não foi campeão porque, como todos sabem, roubado. Estreará diante do Brusque, dia 7, em Santa Catarina. Joga por um empate, conforme o regulamento atual. Margem um pouco melhor que a exigida para quem joga em casa.

Recordando

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10 de janeiro de 2008. Há dez anos essa foto batida no Estádio Elzir Cabral. Treino do Ferroviário. Em ação o meia Leonardo, que passou três anos no clube coral (de 2007 a 2009). Leonardo Pontes Rodrigues está com 30 anos. Jogou também no Horizonte (2010), Quixadá (2011) e Trairiense (2012). Não sei onde está no momento.

Em casa

O Ferroviário também terá sua experiência na Copa do Brasil. Recebe o Confiança/SE. Não lembro do Ferrão nesse tipo de Copa. Sei que da Taça Brasil não participou porque ela foi extinta em 1969, justo o ano em que o Tubarão iria participar, pois fora campeão cearense de 1968. Foi muito azar do time coral.

Vitória

Pelo ridículo regulamento, o Ferroviário terá de vencer seu primeiro jogo. Se empatar com o Confiança no PV, dia 7 próximo, estará eliminado. Imaginem bem: o time pode ser eliminado da Copa do Brasil, mesmo invicto e sem tomar gol. Não sei de outra competição assim na face da terra. Se houver, avisem-me.

Demais, demais

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Gustavo, o gol. Este espaço reservo aos destaques. Pelo visto, a cada jogo Gustavo será candidato à homenagem, pois todos os caminhos do gol levam a ele. E ele sabe como poucos trafegar por esse caminho. A bola e ele são como ímã: um atrai o outro num campo magnético que foge à explicação dos cronistas.

Notas & notas. Amanhã, o saudoso Aldenor Nunes Freire, idealizador da construção do Castelão, completaria 100 anos. Família preparou atos comemorativos. Ele era carinhosamente chamado de Capotinho. Foi deputado atuante. Na coluna de amanhã farei um registro especial. /// Lamentei não estar em casa, quando o querido Gotardo Freire por lá passou. Gotardo, hoje aposentado da Secretaria da Fazenda, foi goleiro notável. Não se profissionalizou porque tinha outros projetos de vida.