O Fortaleza foi absoluto senhor do jogo, desde o início até o fim. Não passou por maiores incômodos em nenhum momento. O primeiro gol de Anselmo, logo aos três minutos, facilitou demais a vida do Leão. Com 1 a 0 a seu favor o Fortaleza colocou em prática o que ele tem de melhor: o bloqueio e chegada rápida ao ataque. Poderia ter definido logo no primeiro tempo, quando teve mais duas chances claras: uma com Pio e outra com Corrêa. Na fase final, o Confiança fez entrar Everton Santos e Rodrigo Jesus. Tentou o abafa, mas deu-se mal. Ofereceu espaço. Tudo o que Fortaleza queria. Em belo passe de Pio, Anselmo foi lançado outra vez na cara do gol. Aí com Anselmo não há perdão: 2 a 0 para o tricolor. Depois disso, administração de resultado. Excelente para o Leão.
Pontos
O Fortaleza foi buscar em Aracaju o que deixou escapar no Castelão, ou seja, a vitória que poderia ter obtido diante do River/PI. Recuperou os dois pontos. Vitória fora de casa é essencial na formação da "gordura" para eventuais necessidades futuras. Agora enfrentará o líder América em Natal. Previsão de maior dificuldade.
Observações
Anselmo, pelos dois gols e oportunismo, fez a diferença. Foi o destaque. /// O atacante Ronaldo fez sua estreia pelo Fortaleza. Pouco tempo em campo para mostrar serviço. Fica para a próxima. /// Zagueiro Valdo, do Confiança, confirmou sua vinda para o Ceará. /// Corrêa voltou com a regularidade de sempre. Ótimo.
Recordando
Década de 1960. A partir da esquerda: Luciano Frota, Aécio de Borba e Almir Pessoa de Araújo. Detalhes: médico Luciano Frota brilhou no futebol e no futsal. Campeão cearense por Fortaleza e América e vice da Taça Brasil pelo Leão (1968). No futsal campeão pan-americano pelo Brasil. Aécio, político e liderança notável do futsal cearense. Almir Pessoa, ilustre desportista, de tradicional família cearense. (Acervo de Elcias Ferreira).
Reação
Duas situações bem diferentes vi nos jogos CRB 0 x 3 Ceará e Avaí 4 x 2 Ceará. E não me refiro a vitória e derrota que formam natural contraste no resultado. Refiro-me à produção. Refiro-me à reação. Refiro-me à atitude alvinegra. Por mais paradoxal que pareça, péssima na vitória; boa na derrota. Provoco polêmica.
Explicação
Como ruim a produção na vitória e boa a produção na derrota? Que incoerência tamanha! Que disparate! Pois é isso mesmo. Na vitória em Alagoas o Ceará ganhou, mas não jogou nada: recebeu-a graciosamente de mãos beijadas. Na derrota em Santa Catarina, jogou melhor antes de sofrer os quatro gols e reagiu depois de sofrê-los. Teve atitude.
Acontece
Tive pena do Sandro. Dia em que o pombo sobrevoa e deixa excremento na cabeça de que está embaixo. Virou para-raios de todos os azares. Atraiu os erros e todas as maldições da galera. Perdeu a confiança. Sérgio Soares o substituiu antes que desgraça maior acontecesse. Melhor Sandro dar um tempo. Não de penitência. Tempo para se recompor. Tudo cai no esquecimento.
Coragem
Gostei da força do Ceará após estar perdendo por 4 a 0. Em circunstâncias assim, dificilmente um time reage como o Ceará reagiu. Louvável a presença do Bill, um lutador. Fez gol legítimo que o árbitro anulou. Fez outro para o árbitro se mancar. Valeu (4 x 1). Felipe marcou (4 x 2). O Ceará ainda teve duas chances, uma delas com Bill. Se o árbitro tivesse validado o gol legal de Bill, o Ceará poderia ter empatado. O Vozão tem problemas, mas pelo menos no Ressacada foi bravo. Não foi pusilânime como em Maceió.