Ferroviário, com mérito, é finalista da Série D nacional. Ontem superou as dificuldades de enfrentar o São José no Estádio Passo D'Areia. O gramado sintético faz a bola quicar mais e correr mais. Perdeu o jogo (2 x 1), mas não perdeu a vaga. Mais uma vez o gol de Edson Cariús, sempre ele, garantiu o Ferrão. A campanha do Ferroviário está sendo muito boa. Na fase de grupos, terminou líder do A4 com 10 pontos, à frente de Cordino, 4 de Julho e Interposto. Na fase eliminatória, despachou o Cordino do Maranhão, o Altos do Piauí, o Campinense da Paraíba e o São José do Rio Grande do Sul. Dos 68 clubes, restam apenas três: Ferroviário finalista, enquanto Treze e Imperatriz lutam hoje pela última vaga. Ferroviário com jeito de campeão.
Times grandes
Lisca fez um balanço de seu trabalho no Ceará. Os números mostram que o time, nas mãos dele, melhorou. Diante dos chamados times grandes do futebol brasileiro, só perdeu (2 x 1) para o Atlético-MG. Empatou com o Botafogo no Engenhão (0 x 0) e com o Palmeiras (2 x 2) no Castelão.
Beira-Rio
Assim, com esse espírito de encarar sem temores os times grandes, o Ceará enfrentará logo mais o Inter no Beira-Rio. É bom lembrar que, no Castelão, diante do Palmeiras, o Ceará sofreu dois gols fulminantes logo no início do jogo. Reagiu. Empatou. E quase virou. O Inter é o quarto time grande no caminho de Lisca.
Recordando
Década de 1960. Ferroviário. A partir da esquerda, em pé (só os jogadores): Jurandir, Douglas, Gomes, Roberto, Coca-Cola e Barbosa. Na mesma ordem: Lucinho, João Carlos, Facó, Edmar e Paraíba. Desse grupo, Gomes, Barbosa, Edmar, Coca-Cola, João Carlos, Paraíba e Lucinho jogaram a final de 1968, sendo campeões cearenses.
Transição
Mais uma vez o Fortaleza não rendeu bem. Do empate com o CSA restou a conclusão de que só não perdeu porque o CSA abusou de perder oportunidades, além das intervenções de Boeck. Fica para o próximo jogo melhor avaliação sobre Nenê Bonilha e Getterson. O Leão ainda parece em busca de um novo caminho.
Permanência
Já é hora de esquecer que Osvaldo e Edinho foram embora. Há que se buscar, com urgência, melhor produção. E buscar com os jogadores disponíveis. Aí é que entra a interferência do bom treinador. Justificável a queda de produção por tudo o que houve. Mas transição que muito dura não é transição: é permanência.
É com eles
Jussani, Adalberto, Ligger e o técnico Rogário Ceni. Considero de elevada qualidade esses jogadores. Mas Rogério Ceni tem de dar, vez por outra, um puxão de orelha na moçada. Inaceitáveis as falhas primárias cometidas por Jussani e Ligger em jogos recentes. Falhas que, com um pouco mais de atenção, poderiam ter sido perfeitamente evitadas. Basta um pouco mais de atenção, gente.
Notas & notas
Lamentei muito a morte do meu primo, Roberto Cláudio de Paula Freire, acontecida há sete dias. A Missa da Esperança, por sua alma, será celebrada hoje, às 19 horas, na Igreja das Irmãs Missionárias (Avenida Rui Barbosa, 1256 - Aldeota). Familiares e amigos em orações. Roberto era uma pessoa muito amável. Guardo dele as melhores recordações. Qual será o adversário menos complicado para o Ferrão, Imperatriz ou Treze? Taí pergunta de difícil resposta.