O Campeonato Brasileiro Série A 2018, com a definição dos participantes, confirma que não é tão brasileiro assim. É metade brasileiro. É elitizado. Fora do bolo estão Amapá, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília, Goiás, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo. Dirão certamente que isso é consequência do critério técnico. Sim, é verdade, mas as diferentes dotações financeiras e a concentração de renda nos clubes privilegiados provocam e ampliam o fosso. Os poderosos do futebol não demonstram nenhum interesse em mudar o que aí está posto. E não vejo nenhuma ação política, visando a reduzir o quadro de desigualdade.
Loucura
Se para continuar como antes, qual o motivo que levou à construção da Arena Pantanal e da Arena Amazônia? Não fazia sentido construir estádios assim apenas para a Copa do Mundo. O objetivo maior seria o posterior desenvolvimento do futebol nessas regiões. Mas não é o que está acontecendo.
Cenário
Pela política atual da CBF não vejo a possibilidade de mudança nesse cenário pelo menos para os próximos trinta anos. Coisa para as futuras gerações. E somente acontecerá se a distribuição de cotas passar por justa isonomia. Sem isso é utopia imaginar o Amazonas e vizinhos incluídos na Série A nacional.
Farsa
Dirão que para compensar as diferenças citadas com relação à Série A, existe a Copa do Brasil que engloba todos os estados brasileiros. Farsa. Nessa Copa criam critérios para dificultar a sequência dos times das regiões menos favorecidas. Essa de eliminar num único jogo é falta de vergonha.
Porteira
Se a Copa do Brasil fosse composta apenas pelos campeões e vice-campeões de cada estado, em jogos de ida e volta, aí se poderia falar de uma competição nacional equânime. Esse modelo existiu no tempo da Taça Brasil. Era um critério justo. Agora é porteira para os maiorais e para a turma que vem da Libertadores.
Rusgas
Magno Alves fez história no Ceará. Deixou a marca de seu talento em muitas conquistas alvinegras. Mas, neste 2017, que vai terminando, em momentos o relacionamento clube/atleta se tornou delicado, quando nem no banco Magno ia. E nos bastidores há episódios que as cortinas tornam inacessíveis. Vida que segue.
Outros nomes
No encontro "Maestros da Bola", de tanto sucesso sábado passado no PV, acrescento hoje nomes de ex-jogadores que lá estiveram e que no burburinho não vi ou esqueci na relação que ontem citei. Confira: Geraldo, Zanata, Facó, Januário, Wilkson Saraiva, goleiro Jefferson, Biro-Biro (ex-Corinthians), Edmar, Ivanildo, Claudemésio e Vila Nova. Sei que minha memória é falha e certamente ainda lembrarei de outros ex-jogadores que lá estavam. Era muita gente, amigos. Bela festa.