Há momentos em que medito sobre o que pensam alguns jogadores profissionais quando estão diante de situações inesperadas nas disputas. As reações são muito distintas e, não raro, esquisitas. Ora equilibradas, pensadas e sãs; ora impensadas, inoportunas e doentias. O que Bill fez no jogo Ceará 0 x 0 Avaí foi ato próprio de pessoas desajuizadas e sem compromisso com o clube. Ato desnecessário e inconsequente. Tão sério que acarretou problemas já hoje pela ausência dele, além dos desdobramentos posteriores. Em outros momentos, Bill foi protagonista de jogadas e gols espetaculares. E daqui o elogiei pela inteligência e talento. Por que reações assim de um extremo a outro, da lucidez à loucura? É impossível saber o que há mesmo na cabeça dessa gente.
Lideranças
Quando um jogador sofre uma entrada violenta de um adversário, realmente fica difícil saber qual sua imediata reação. Alguns revidam logo na mesma proporção; outros preferem aguardar a atitude do árbitro. Inadmissível, porém, a reação desproporcional por qualquer bobagem. Isso é irresponsabilidade.
Posições
Feliz o jogador que consegue dominar seus impulsos, mesmo diante de seguidas e tantas provocações. Quem assim age mais aguça o ódio do provocador que vê a inutilidade de suas provocações. Assim o talento destrói e desmoraliza os que tentam, pela violência e intimidação, barrar os verdadeiros artistas da bola.
Recordando
07 de setembro de 2006. Assim se passaram dez anos. A partir da esquerda: o então novo técnico do Fortaleza, Roberval Davino, e o ex-presidente do clube, empresário e jornalista Ribamar Bezerra. O Fortaleza estava no auge, na elite, disputando a Série A do Campeonato Brasileiro. Hoje, dez anos depois, Davino, de 62 anos de idade, é técnico do Sergipe. Ribamar comanda suas empresas e continua colaborando com o Leão.
Mata-mata
O Fortaleza tem hoje a oportunidade de garantir sua vaga no mata-mata. Basta ganhar do Remo. E tem time para isso, sim. Pela presença dos torcedores nos treinos, já se sabe que o Castelão será tomado pela massa tricolor. Torcedor aliado, paciente, a incentivar. Nada de pressão ou vaias precipitadas se houver dificuldades. Calma!
Simples
Se o Fortaleza puser em prática o futebol que tem, terá amplas condições de dobrar o Remo. Mas se em prática o futebol que tem, não o mostrado em Arapiraca. Daí a pressão para que Felipe, Simões, Corrêa, Rodrigo Andrade, Daniel Sobralense e Everton se empenhem mais. Atuem como em uma decisão e não como em um jogo qualquer.
Ele faz
Anselmo artilheiro. Mas nem só de gols vive o homem. Na vitória sobre o Salgueiro, de Anselmo o lançamento que Rodrigo Andrade transformou em gol. Lançamento primoroso pela rapidez da execução e precisão do passe, tudo numa perfeita combinação tempo/espaço. Se situações de gol forem criadas, deixem que Anselmo se encarregará do resto.
Estreia. Não encarem como deboche quando peço a estreia do Ceará no returno. A estreia do Vozão que vi brilhante na primeira fase da Série B nacional. Time pegador, embora algumas vezes oscilante. Neste returno ainda estou à procura do Cametá que conheço, do Diego Felipe que conheço, do Baraka que conheço, do Wescley que conheço, do Rafael Costa que conheço. Os que até aqui estiveram em campo são sombras que nada jogaram. Espero reencontrar os verdadeiros hoje, em Goiás.