Tom Barros: Antes do mata-mata

O jogo do Fortaleza em Cuiabá ganhou maior importância na medida em que os concorrentes foram chegando bem próximos ao Leão. A diferença do tricolor para o ABC, primeiro time fora do G-4, é de apenas quatro pontos. A margem é pequena quando se leva em conta o número de rodadas que ainda faltam: seis. Portanto, para cada time 18 pontos em disputa. No jogo de ida, no Castelão, o Fortaleza ganhou do Cuiabá por 2 a 0, sendo destaque o atacante Daniel Sobralense, autor dos dois gols. O Cuiabá, na época, era treinado por Flávio Araújo. Hoje o técnico do Cuiabá é o experiente Roberto Fonseca. A propósito, o Cuiabá contratou o volante Robston, ex-Ceará. O time se reforça na tentativa de sair da vice-lanterna e escapar do rebaixamento. Leão tem de estar atento.

Segurança

Creio que até o fim da fase classificatória o Fortaleza não correrá risco de sair do G-4. E não me refiro à pontuação, mas à produção dos concorrentes. Não há no Grupo A nenhum outro time com desempenho acima do Leão. Há no mesmo patamar. Superior, não. O Leão pode até não terminar em primeiro, mas se segura entre os quatro de cima.

É cedo

Ouvi companheiros afirmando que é cedo para o Leão se preocupar com seu possível adversário no mata-mata. Alegam que falta ainda muito tempo. Tudo bem. Mas não custa nada dar uma olhada no que andam aprontando Guarani/SP, Boa Sport/MG, Botafogo/SP, Juventude/RS e Mogi/SP. Antecipar olhada faz sentido.

Recordando

1974. Treino do Ceará em Porangabuçu. A partir da esquerda: zagueiro Dimas Filgueiras e o ponta-direita Nado. Dimas foi também vitorioso treinador e supervisor do Ceará. Até hoje é considerado "um soldado alvinegro". Nado foi notável no ataque formado por ele, Bita, Nino e Lala no Náutico na década de 1960. Jogou também no Vasco/RJ, Fortaleza e Seleção Brasileira. Morreu em 2013. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Inacreditável

Quem lembra da Portuguesa/SP na elite nacional, fazendo bonito na Série A, nem acredita que esse tradicional time paulista está na zona de rebaixamento da Série C, ameaçado de cair para a Série D. A Portuguesa, que já foi campeã paulista e vice-campeã brasileira (1996), amarga situação difícil de ser contornada.

Dedicado

Nas jornadas mais recentes, a produção de Sandro na zaga do Ceará oscilava. Há algum tempo, foi xerife insubstituível. Depois, experimentou maus momentos. Isso faz parte da vida dos atletas. O que não faz parte e todos temem é a lesão que afasta o jogador. Lamentei muito a fratura que ele sofreu. Sandro é profissional dedicado.

A vez de Ciel

Quando a Série B for retomada no dia 20 de agosto, certamente Ciel já estará no ponto para entrar e produzir bem. Será fundamental que a comissão técnica tenha um maior número de opções, máxime na reta final, quando o desgaste provocará naturais baixas no elenco. Velho provérbio: quem tem dois, tem um; quem tem um não tem nada.

Encanto e importância. A Olimpíada Rio/2016 poderia despertar um maior número de brasileiro para a prática de outras modalidades esportivas, tirando-o da concentração quase exclusiva que dá ao futebol. A ginástica olímpica, por exemplo, com atletas de alta performance, assombra pelo elevado grau de malabarismo, força e precisão técnica. O vôlei, a natação, o judô, o basquete... Quanta coisa bela na ascensão de jovens desportistas que ainda não são perfeitos, mas cada vez mais aproximam-se da perfeição.

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