Tom Barros: Alguns momentos bons

Merecida vitória do Ceará sobre o Quixadá (2 x 0). Na fase inicial o Vozão manteve o controle e criou oportunidade de gol com Sanches, Assis e Caio César, mas foi o Quixinha que deu o susto maior: Bruno Luís bateu pênalti que Everson pegou. Time pequeno não pode perder pênalti porque vem castigo. E veio. Num lance polêmico, Serginho fez 1 a 0. No segundo tempo, o Quixadá arriscou subir. E desperdiçou três chances: duas com Marciel e uma com Renê. Aí tomou novo castigo. Em contra-ataque rápido, Conceição ampliou (2 x 0). Depois disso, o Quixinha sumiu. Ao Ceará coube administrar as observações feitas pelo técnico Lisca. O jogo valeu por alguns momentos bons. Sanches o melhor do jogo. Everson mais uma vez mostrou ser pegador de pênalti. Caio autor do mais belo lance da partida.

Os lances

Na ilha de edição da TV Diário revi muitas vezes o gol de Serginho. Parei, voltei. Lance difícil. Dependendo do ângulo, ora parecia legal, ora ilegal. Incrível. Mas concluí mesmo pelo impedimento. /// O lance mais bonito foi a bicicleta de Caio César que Diego pegou de forma espetacular, no reflexo. Pagou o ingresso.

Só o começo

Ferroviário 10 x 0 Campo Grande. Estreia espetacular na Série B. Mas cabe uma advertência: placar atípico não pode servir de referência definitiva. De qualquer forma, uma largada assim anima, gera confiança, máxime quando inaugura uma nova gestão. É só o começo. Justo comemorar, mas sem fugir da realidade dos próximos desafios.

Recordando

Image-1-Artigo-2019794-1

14 de fevereiro de 2006. Há dez anos esta foto foi batida no Estádio Carlos de Alencar Pinto. O técnico Zé Teodoro orienta um treino do Ceará. Nesse ano sagrou-se campeão cearense pelo alvinegro. Em 2010 seria novamente campeão cearense, mas então pelo Fortaleza. Hoje Zé Teodoro é o técnico do River de Teresina. Esteve aqui no dia 14 passado, quando comandou o time piauiense, mas não foi bem: o River tomou uma goleada (3 x 0) do Leão.

Repercussão

O torcedor mais exigente na maioria das vezes amplia a repercussão de uma derrota, levando-a a um patamar superior ao que deveria ocupar. Foi o caso da derrota do Leão para o Uniclinic. Ora, o Fortaleza não estava com o time titular porque poupou os atletas que amanhã vão enfrentar o Botafogo/PB. Não é preciso explicar mais nada.

É bom

Detalhe importante: o Uniclinic está bem montado, detentor da terceira melhor campanha do certame. O trabalho lá desenvolvido é de alto nível, sob orientação de Jurandir Júnior e Maurílio Silva, dois profissionais respeitáveis. Eles conhecem a estrutura dos chamados times grandes porque passaram longos períodos no Ceará e no Fortaleza.

Sem humilhação

O zagueiro Edimar lutou para ganhar espaços no Fortaleza, mas suas atuações não ajudaram. Os protestos da torcida o levaram a cometer mais erros, além dos que já vinha cometendo. Azedou de vez com a grave falha que resultou no gol da vitória do Uniclinic. Admissível o protesto. Tudo bem. Inadmissível a humilhação. Isso não se faz com um ser humano.

Milagres

Se está difícil manter times na Série A cearense, imaginem financiar e garantir equipes na Série B. Obram verdadeiros milagres os dirigentes do Floresta, Horizonte, Nova Russas, Maracanã, Iguatu, Itapajé, Alto Santo, Campo Grande e Barbalha. Excluo o Ferroviário porque esse tem estrutura melhor, com estádio e parceria especial sob o gerenciamento de Lula Pereira. O Crato já deu o primeiro vexame sem o número completo de jogadores para colocar em campo na estreia. Só muita abnegação mesmo.

Acompanhe os comentários em http://bit.ly/tombarros-tvdn