"Em verdade, em verdade, vos digo: o Fortaleza é além da imaginação. Quando se imagina inferior, aí superior se torna. E ganha força para superar adversário teoricamente melhor e mais estruturado. A história tricolor é feita de atos de grandeza, de elevação. De crença, quando na adversidade; de confiança, quando na dúvida; de coragem, quando tudo parece perdido. Há algo transcendental, invisível aos olhos humanos, a iluminar corações e mentes tricolores". Esse um trecho da matéria que escrevi em 2015 quando o Fortaleza ganhou de forma inacreditável titulo estadual de 2015, gol de Cassiano. Pois sábado em Campinas a virada tricolor foi além, muito além, da imaginação.
Bronca e afago
Gustagol contou o carão que o time levou do técnico Rogério Ceni no intervalo do jogo, quando o Leão estava perdendo para o Guarani por 2 a 0. No final, após a espetacular virada, Ceni entrou em campo e fez questão de abraçar, um a um, todos os jogadores. Um "morde e assopra" em apenas 45 minutos.
Deu certo
Pelo sim pelo não, por falta de um grito se perde uma boiada. Mas, além do grito, houve as mudanças que Ceni promoveu e que deram outro rumo à história do jogo, ou seja, a entrada de Marcinho, autor do gol da vitória, Wilson e Gustavo Henrique, autor do gol de empate. Felipe já entrada de início. Técnico ganha jogo.
Finalizações
Há alguns anos, o médico Russen Corrado fez um estudo e escreveu sobre as consequências graves dos erros de finalização no futebol. Poucos deram a devida atenção ao trabalho. Pois os erros de finalização do Ceará estão destruindo o esforço coletivo. O time cria, mas não faz gol. Nos dois jogos recentes foi assim.
Explicações
Até compreensíveis as explicações dadas por Lisca, após os empates do Ceará com Santos e Atlético-PR. Os gols perdidos por Calyson, Leandro Carvalho e Felipe Azevedo deram ensejo à frustração. Agora pergunto: o que fazer se os atacantes disponíveis serão os mesmos? Resultado: permanência na zona.
Rápidas alterações
Na boa campanha do Ferroviário na Copa do Brasil 2018, a diretoria coral investiu. Trouxe (a partir da esquerda) Cristiano, Jean Melo e Juninho Quixadá, que na foto, no dia da apresentação em fevereiro, aparecem ao lado do presidente Valmir Araújo. Hoje Cristiano está no CSA; Jean Melo, no Angra dos Reis; Juninho, no Ceará. Agora é esperar para ver que iniciativas terá o Ferrão neste semestre.
Notas & notas. Um problema a mais para o Ceará: o Atlético do Paraná tem um jogo a menos. /// Louvável o comportamento da torcida do Ceará: mesmo frustrada nos dois últimos jogos, soube incentivar o time e até aplaudiu ao término das partidas. /// Samuel Xavier escondeu no calção objeto atirado em campo pela torcida alvinegra. Quero ver quando atirarem uma "rasga lata". /// Quando o ataque não faz gol, vale tentar com tiros fortes de fora da área. Nesta parte, Pio seria a alternativa. Cadê o Pio?