Terminaram os campeonatos. Estádios vazios. Pausa para a meditação. Quem deu o primeiro chute do ano? Quem deu o último chute do ano? Não sei. Como dizia o saudoso Fiori Gigliotti: "Fecham-se as cortinas. Termina o jogo, torcida brasileira". Fiori foi um dos monstros sagrados na narração esportiva. Morreu em São Paulo no dia 8 de junho de 2006 aos 77 anos de idade. 2016 nos deu a primeira medalha olímpica no futebol. 2016 nos deu Tite na Seleção Canarinho. 2016 nos deu Gabriel Jesus como melhor sintonia fina para Neymar. 2016 nos deu o 13º lugar na Olimpíada do Rio de Janeiro, com sete medalhas de ouro, seis de prata, seis de bronze. Mas 2016 deixou lágrimas, muita tristeza, luto no futebol mundial: nos tirou a Chapecoense. A bola parou.
Repetição
Atenções para o Campeonato Cearense de 2017. Contratações que chegam de várias partes. Esperanças que se renovam a cada dia. Vou guardar reservas quanto aos contratados. O currículo vale como referência, mas nem sempre o que consta na história se traduz em bom futebol no momento. Vale o hoje.
Temores
Ainda, pelo saudosismo renitente, teimo em gostar e gostar muito dos certames estaduais. É berço. É origem. Mas no momento vejo mais fortalecida a corrente que prega a extinção dos "estaduais", principalmente no Sul e Sudeste. Vem como avalanche. Eles entendem que os "estaduais" foram engolidos por competições mais vantajosas.
A crise
Cuidar de futebol no interior do Estado é bravura de poucos. Só mesmo muita paixão pelo esporte para topar os desafios de um país atolado em crise econômica de término imprevisível. O que o Guarani de Juazeiro vem fazendo é milagre. E há conseguido manter até certo ponto a estabilidade financeira. Depois virão os acréscimos.
Passaram
Houve municípios que, pelas despesas, não conseguiram segurar na elite seus representantes: Assim, Limoeiro do Norte, Crato, Russas, Trairi, Uruburetama, Maracanaú, Itapajé, Crateús, Boa Viagem, Maracanaú, Quixadá, Iguatu. Tiveram momentos bons, mas as limitações financeiras acabaram comprometendo os objetivos.
História
Magno Alves, o Magnata, lança hoje, às 19 horas, na Loja Sou Mais da Av. Barão de Studart, o livro que conta a história de sua vida. Vitoriosa carreira profissional, com passagem pela Seleção Brasileira. Seu momento mais auspicioso foi no Fluminense do Rio de Janeiro. Magno estabeleceu laços definitivos com os cearenses. Pretende jogar por mais dois anos.
Dados & dados. O Campeonato Cearense teve anos de intensa participação dos clubes do interior. Em 1996 e 1997, houve a inclusão recorde de dez times do interior: Quixadá, Guarany de Sobral, Icasa, Limoeiro, Russas, Iguatu, Uruburetama, Itapipoca, Portuguesa do Crato e Guarani de Juazeiro. Apenas seis times da Capital: Ceará, Fortaleza, Ferroviário, Tiradentes, Calouros e América. O Ceará foi bicampeão. Portanto, o certame teve 16 participantes. Hoje...