Tom Barros: a bola da vez

Jogar por uma bola. Essa expressão diz resumidamente a proposta de um jogo. O Ceará tem jogado assim. Foi assim diante do São Paulo. E a bola surgiu. A do gol, a da vitória, a dos três pontos. Ali bem na frente do atacante Leandro Carvalho. Em instantes a torcida alvinegra viu a grande oportunidade de transformar o São Paulo num time desesperado, louco, alucinado, em desvantagem dentro da sua própria casa. Já imaginaram que tormento invadiria o Morumbi, justo quando o jogo seguia para a reta final? Pois a bola da vez do Ceará foi desperdiçada. Pior ainda: pouco tempo depois, a bola da vez se ofereceu para Bruno Peres. Aí o Bruno aproveitou. Fez o que Leandro Carvalho não soube fazer. Ganhou.

Quantas

Daqui para frente a pergunta: de quantas bolas da vez por jogo precisará o Ceará? Ora, contra o Santos, várias; contra o Vasco, duas; contra o Atlético-PR, duas; contra o São Paulo, uma. Coitadinho do Lisca. Arruma a casa atrás. Arruma de forma correta. Um paredão. Mas vê tudo se desfazer pelos erros de finalização.

Nos pés dele

Coitadinho do Arthur. Chora, implora, pede, clama e reclama pela bola da vez. Corre para um lado, corre para o outro. Volta, vai, sobe desce. Aí a bola da vez ingratamente vai para os pés dos outros que finalizam mal. Pior agora, na quarta, quando diante do Bahia Arthur estará fora, punição amarela.

Recordando

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1973. Intermunicipal de futsal em Quixeramobim. A partir da esquerda: o coronel Virgílio, o jogador Serginho e o dirigente Wellington Rolim, que morreu no dia 20 passado. José Wellington Costa Rolim, além de grande desportista, foi prefeito de Orós e vereador do município. Pessoa muito querida mesmo. Ficou a saudade.

Ajustes

O Fortaleza terá mais quatro dias para ajustes, antes do jogo com o Goiás em Goiânia. Hora de advertir o sistema defensivo para que fique mais atendo, visando a evitar tomar gols primeiro, fato que leva o time a esforço redobrado para conseguir a virada. Os recentes gols sofridos foram consequência de pura desatenção.

Virada

Até aqui todas as viradas deram certo. Mas é mais administrável ao Leão começar na frente, deixando ao adversário a luta para tirar a diferença. Começar na frente também abre a guarda adversária, fato que oferece melhores espaços a quem está no comando do placar. Ganhar de virada é bom, mas desgasta muito mais.

Gigante

Que fase maravilhosa está vivendo o zagueiro do Ceará, Luís Otávio. Nos jogos mais recentes, máxime contra o Vasco em São Januário e São Paulo no Morumbi, Luís Otávio foi perfeito, verdadeiro gigante dentro da área, quer no jogo aéreo, que na disputa "terrestre". Sua parceria com Thiago Alves está impecável.

Notas & notas.

A Taça Fares Lopes tem seu público específico, embora concorrendo com a TV que mostra outros certames de maior apelo como as Séries A e B do Campeonato Brasileiro. E assim foi no clássico em que o Ferroviário ganhou do Ceará (1 x 0), gol de Leanderson. E assim foi na estreia do Fortaleza no empate com o Floresta (1 x 1). Não há confusão. Predomina o clima de harmonia e paz entre os torcedores. Pelo menos nestas rodadas iniciais, "todos juntos, vamos, prá frente Brasil".