Série A e a nova responsabilidade alvinegra

Leia a Coluna desta quarta-feira (27)

O Ceará conseguiu seus principais objetivos na temporada de 2024, que está terminando: impediu o hexacampeonato pretendido pelo Fortaleza e conquistou uma vaga para disputar a Série A nacional no próximo ano. Agora, porém, começa uma outra história. 

A disputa da Série A exige um planejamento especial. O certame de alta performance difere das demais séries. O nível técnico é elevadíssimo e as despesas com contratações são estratosféricas. Se o time não fizer investimento pesado, pega o bonde de volta.  

A nova realidade terá de ser vivida bem antes da competição. Portanto, a busca pelo aperfeiçoamento gradual já começará no Campeonato Cearense e na Copa do Nordeste. Se assim for feito, a chance de o time chegar bem no Campeonato Brasileiro será viável.  

A luta contra o tempo começou. Da noite para o dia, não se monta uma equipe competitiva. A responsabilidade da atual diretoria é muito grande. Mais difícil do que subir é manter o time na elite nacional.  

 

Consistência 

 

A participação do Ceará terá de ser novamente consistente como foi quando passou cinco anos seguidos na elite nacional. Diferente, pois, dos times marcados pelo bate e volta, ou seja, sobem em um ano e caem logo no ano seguinte. O Vozão terá de recompor a boa imagem deixada nos cinco anos que passou na Série A. 

 

Exemplo 

 

O Fortaleza é um exemplo a ser seguido. O salto de qualidade fez do Fortaleza um time altamente respeitado pelos chamados grandes times do Brasil. Não se conformou em apenas participar da Série A. Alçou voo e foi mais longe. Passou a disputar competições internacionais como a Libertadores e a Sula. 

 

Nordeste 

 

A nossa região terá cinco representantes na elite nacional em 2025: Fortaleza, Bahia e Vitória, que já estão lá, e os dois que subiram agora: Sport e Ceará. O Estado de São Paulo terá o maior número de participantes por estado: Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos e Mirassol. É uma força mesmo. 

 

Libertadores 

 

Pelo sexto ano consecutivo, o título da Copa Libertadores ficará com um time brasileiro: 2019, Flamengo; 2020, Palmeiras; 2021, Palmeiras; 2022, Flamengo; 2023, o Fluminense; 2024, Botafogo ou Atlético-MG. Brasil soberano na América do Sul, mas na decisão do mundial, há muito não vence. 

 

Mundial 

 

O último time brasileiro que ganhou o Mundial de Clubes foi o Corinthians em 2012. Portanto, faz 12 anos. O Fluminense perdeu em 2023. O Palmeiras perdeu em 2021.O Flamengo perdeu em 2019. O Grêmio perdeu em 2017. Todos derrotados por times europeus. A Europa mais soberana do que nunca.