Invencibilidade em jogo
No Junco, o Guarany costuma dar as cartas. Embalado pelo sucesso que fez no Cariri, onde conquistou seis pontos (3 a 2 no Guarani e 1 a 0 no Crato), o Bugre defende a única invencibilidade do certame. O ala Jones tem jogado muito. E mais: a meia-cancha com Ricardo Baiano, Garrinchinha, Jean e Piva mostra-se versátil e eficiente. Se ganhar, assumirá a liderança isolada. Do outro, o Ferroviário igualmente empolgado com três vitórias consecutivas, uma delas diante do Ceará. A cada jogo o técnico Armando Desessarde há conseguido melhorar a produção do grupo. Paulo Paraíba, Pereira, Dedé, Diego, Rafael e Felipe Klein estabeleceram perfeita harmonia nos diversos setores da equipe, razão do sucesso coral nos últimos jogos. No minha interpretação não há favorito, embora reconheça a vantagem que o Guarany tem por jogar em casa.
Sem subir à cabeça
Quando um jovem desponta no futebol, é preciso cuidado com ele. A fama repentina, com fotos nos jornais e reportagens nas tvs, pode afetá-lo. O atacante Rafael está nas graças da torcida, máxime após os quatro gols que marcou num só jogo. Estrutura emocional do atleta é posta à prova. Ele deve estar preparado para o novo momento. Nesta parte, o acompanhamento pelo clube será essencial. Muitos quedam pela falta de suporte. Todo apoio ao Rafael, pois.
Erro reparado
A bobagem que o Ceará fez foi não manter PC Gusmão após a subida do time, sob seu comando, para a Série A nacional. Não teria havido esse hiato que quebrou a seqüência de entusiasmo adquirida com ele. Certamente com PC alguns jogadores importantes também teriam permanecido. Agora será um recomeçar. Mas um recomeçar diferente porque sob a liderança de quem já teve o time na mão. Claro que o próprio PC Gusmão terá dificuldades iniciais de readaptação. Mas ele traz consigo o carisma, a competência e o aplauso da torcida. Além disso, PC sabe que, para sustentar o apoio da massa, não bastará o êxito do passado. Mais que nunca há necessidade de êxito no presente. Mãos à obra, pois.
Lucidez de Isidoro
O Fortaleza sem Guto, Gaibu e Tatu, hoje, contra o Guarani em Juazeiro. Quanto à ala esquerda, Eusébio entra bem ali. Quanto à ausência de Gaibu e Tatu, há preocupações. Gaibu vinha crescendo de produção e visível a importância de Tatu pela força física e velocidade. Se Paulo Isidoro suportar um jogo inteiro, ótimo. Será certeza de lucidez na ligação tricolor.
A mesma moeda
René Simões, quando chegou, despachou sem explicações o ídolo Adilson. Pois foi exatamente pela falta de bom goleiro que René também foi despachado. As falhas de Sangalli e França comprometeram o Ceará. E por isso René foi demitido. Pagou com a mesma moeda. /// Toda gente que chega assim, demitindo e passando por cima do respeito humano, terá o mesmo fim. Alguns demoram mais, outros menos. Mas o destino será o mesmo: rua.
Mensagens
Do leitor Antonio Bosco de Paulo (antoniobosco@hotmail.com.br): "Não seria clássico-rei a denominação de Ceará x Fortaleza. O Fla-Flu, sim, o clássico das multidões que teve domingo partida eletrizante, com triunfo nal do Mengo por 5 x 3". /// Do torcedor coral, Saulo Tavares ( saulo.tavares@caixa.gov.br): "É uma indignidade o que estão fazendo com o mascote do Ferroviário, o Tutuba. Você pode dar um toque a respeito? Obrigado e um abraço".
Recordando
1958. Seleção da Fuce nos Jogos Universitários de Belo Horizonte (Ceará 2 x 1 Seleção Carioca). A partir da esquerda (em pé): Joacy, Rocildo, De Paula, Zé Maria, Milton e Wanderilo. Na mesma ordem (agachados): Nirtô, Kitt Rola, Bill Rola, Capi e Edu. Detalhe: os irmãos Kitt e Bill brilharam no futebol profissional. Kitt foi ídolo no Ferroviário. Hoje, Kitt é médico e Bill é dentista. (Do álbum de Vanderilo).