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Vaga na Canarinho

Meu deus, quanta demora no reconhecimento nacional ao futebol de Ronaldo Angelim. A crônica do Sul/Sudeste mostrou-se lerda na avaliação. Foi preciso um gol de herói para dar a Angelim o status de ídolo que há muito tempo ele já merecia. Há algum tempo, o atacante Ronaldão Nazário pregara aviso: considerou Angelim o melhor do Brasil. Só a partir daí os cegos passaram a ver. E Angelim ganhou melhor atenção dos cronistas de lá. Ora, amigos, eles estão vendo agora o que a crônica cearense havia descoberto há muitos anos: Ronaldo Angelim reconhecido como excelente zagueiro. No tempo em que Angelim estava no Fortaleza, coloquei na coluna que ele merecia vaga na Seleção Brasileira. Recebi reprovação de vários leitores que talvez agora façam revisão de conceito. Sigo batendo na mesma tecla: Angelim merece vaga na Canarinho.

Receita

É ridículo alguém querer saber os valores salariais pagos a quem quer que seja. Isso é assunto para a Receita Federal. Mas há quem adore saber quanto ganha ou vai ganhar fulano ou beltrano. Não gosto disso. Evito aqui chutes e especulações a respeito do assunto. Não me interessa quanto PC Gusmão vai ganhar. Deixo para o contador dele na hora em que for fazer o ajuste anual na declaração do imposto de renda. A mim interessa seu trabalho em campo.

Tempo passa

O amadurecimento é bom. Mas, no futebol, o atleta precisa perceber o seu tempo de vida profissional útil. Se não aproveitar bem, cedo chegará à casa dos trinta, onde a discriminação contra a idade começa a chegar. O tempo passa e tudo ficará mais difícil. Cito o caso de Clodoaldo, há pouco tempo o maior ídolo do futebol cearense. Posso lembrar também que, há dois anos, Rinaldo saiu do Castelão nos braços da torcida, após dar o título ao Fortaleza. Reinaldo Aleluia e Vinícius também deixaram o Castelão nos braços da torcida, após o título estadual de 2006. Hoje, o assédio a esses atletas ficou restrito. Não encontram mais o mesmo espaço de antes. Sentem na pele a passagem do tempo.

Alunos e professor

Num encontro social, tive a felicidade de rever o querido narrador Júlio Sales. A partir da esquerda: o colunista, Mardônio Filho e Júlio Sales. No início de minha carreira, Júlio muito me orientou, mormente no tocante à narração esportiva. O cronista esportivo Mardônio filho também é pupilo de Júlio. Alunos e professor num instante de descontração.

Jogadores

É fácil saber a composição dos times do interior porque abertos à divulgação. No Ceará e no Fortaleza predominam os segredos até a hora da divulgação oficial. Tudo bem. Entendo e respeito. Só não gosto quando falam em rasteira porque vejo isso como ridicularia. /// Ferroviário ainda é uma incógnita. Mas Armando Desessards veio recomendado pelo técnico Luís Carlos Cruz, que o conhece bem. Boa referência. Torço para que dê certo.

Notas & notas

O cearense Iarley, duas vezes campeão do mundo (uma com o Boca da Argentina e outra com o Inter de Porto Alegre), quer o tri mundial, agora com o Corinthians. Não duvidem de cearense. /// De Darson M. Queiroz (darsonqueiroz@yahoo.com.br) : "Discordo da forma como você defende o Campeonato Cearense, que, além de ser pouco viável financeiramente, também é fraco na qualidade das equipes. Gostaria de ter de volta o Nordestão".

Recordando

Década de 60. Time da Sesp Engenharia, formado por advogados, engenheiros e geólogos. A partir da esquerda (em pé): Borges, Maurício, Expedito, Nepomuceno, Salgado e Maia. Na mesma ordem (agachados): Edilson, Ivo, Weverton, Murilo e Didi Mineiro. Foto enviada pelo professor Francimar Rodrigues, residente atualmente no município de Russas - Ceará.