Uma vez Flamengo
Sempre flamengo. A torcida rubro-negra tem todo o direito de extravasar. Sentimento preso há 17 anos. Uma geração inteira que não tinha visto o Mengo campeão nacional. Viu agora. E continuará vendo. Ontem, na virada sobre o Grêmio por 2 a 1, Maracanã reviveu o mar vermelho e preto. O herói da conquista, o zagueiro que encantou Juazeiro do Norte com o Icasa, deu glórias ao Fortaleza e deu glórias ao Ceará: Ronaldo Angelim. Não sei a razão por que até hoje esse rapaz nunca foi chamado para integrar a Seleção Brasileira. Discriminação pura. Não encontro outra explicação. Quanto ao Flamengo, conquista mais que merecida. O time da Andrade cresceu na reta final da competição, no estilo do time que ninguém mais conseguiria deter. E não poderia dar outro resultado que não o título para a Gávea. Com todo o mérito.
Vacância
O atacante Mota, quando contratado pelo Ceará, chegou num momento em que o ataque era a dor de cabeça. De início, Mota correspondeu como todos esperavam. Mas depois passou por um jejum de gols que o incomodou. Por onde passou, Mota sempre foi sinônimo de gol. E continuará sendo, pois faz parte de sua vocação. Agora, pergunto: quem será em 2010 o homem-gol do Ceará? O cargo está vago. Ser goleador na Série A é privilégio de poucos.
Nos bastidores
Esclarecedora a conversa que tive com Renan Vieira, presidente interino do Fortaleza. Contou coisas incríveis como, por exemplo, ter muitas vezes agido, contrariando sua própria opinião, na época em que foi diretor de futebol do clube. Perguntado sobre o motivo de tamanho constrangimento, Renan disse que assim agiu para evitar distúrbios internos. Síntese: abdicou em prol de um objetivo maior, ou seja, preservar o clube. Agora, porém, não poderá repetir os recuos. Pelo contrário, terá a última chance para provar competência e liderança. Não digo na parte técnica, mas na condução de assuntos de relevância para o clube. Aí, sim, Renan tropeçará na mesma pedra se ceder espaço como antes cedeu.
Troféu sem referências exatas
Da leitora Katharina Markan Ferreira Gomes (Rua Quitaúna, 96, São Paulo/SP), recebi uma mensagem. Diz que "O troféu J. Markan", já deteriorado, pertence ao Ceará e está em Porangabuçu, onde ela o fotografou. Prometeram que vão restaurá-lo. Elas quis mais detalhes, mas não conseguiu. J.Markan (Joaquim Markan Ferreira Gomes) foi avô dela.
Carreata e PC
Sucesso absoluto alcançou a carreata do Ceará. E não poderia ser diferente. Tudo no embalo da classificação para a Série A. O torcedor quer apenas um mote para transformar em festa monumental a permanente comemoração alvinegra. Enquanto isso, outro motivo para alegria alvinegra: a confirmada permanência de PC Gusmão para a temporada de 2010. Um treinador competente que tem chance de dar seguimento ao seu belo trabalho.
Notas & notas
Ainda a respeito do troféu, o Sr. Joaquim Markan morou em Fortaleza de 1916 a 1938. Foi fundador e proprietário da Fábrica de Cigarros São Lourenço. Os cigarros Acácia eram o carro-chefe da fábrica. No "Troféu J. Markan" há a inscrição: "Acacia - Ao Campeão de 1921 - Ceará - 1923". Acontece que o campeão cearense de 1921 e de 1923 foi o Fortaleza. O troféu pode ter sido do Torneio Início. Taí trabalho para os pesquisadores J. Neves e A. Fontenele.
Recordando
1991. Fortaleza Esporte Clube. Faz 18 anos que esta foto foi batida. O Fortaleza era patrocinado pelo Bancesa. Não identifiquei todo o grupo no qual aparecem Laércio, Toni, Valdecir, Osmanir, Romualdo (que foi goleiro do Calouros e Ceará), professor Wilson Couto, Valdir, Eliézer, Sílvio e Ademir Patrício. A colaboração me foi enviada pelo leitor Antonio Marcelino.