Insucesso em Mogi
O Ceará esteve melhor no primeiro tempo, quando criou duas claras chances de gol: uma com Geraldo e outra com Misael. Adotou postura fechada, mas cuidou dos contra-ataques. Usou bem os flancos com Boiadeiro e Fábio Vidal. O único momento de real perigo da Portuguesa aconteceu com Zé Carlos, mas Lopes neutralizou. Na fase final, a Portuguesa assumiu o controle porque mais insinuante. O alvinegro cometeu o erro de aceitar demais o jogo dos paulistas. Felipe Gabriel deu o primeiro recado, obrigando Lopes a fazer notável defesa. A pressão da Lusa aumentou com a entrada de Henrique. Como consequência dessa busca incessante houve o pênalti polêmico cavado por Zé Carlos. E daí o gol que o próprio Zé marcou. Depois disso, o Ceará resolveu ir ao ataque. Tarde demais. Nem a entrada de Sérgio Alves mudou o panorama. A Portuguesa foi competente no trabalho de administrar o resultado.
Lance polêmico
Heleno cometeu ou não pênalti em Zé Carlos? Revi o lance. Foi polêmico. Zé Carlos enfeitou demais. De forma espalhafatosa atirou-se ao chão. Fiquei sem saber se Heleno impediu a passagem do atacante, que poderia marcar o gol, ou se Zé Carlos simulou s ter sido barrado pelo jogador alvinegro.
Notas & notas
Não analisei o jogo do Fortaleza porque a coluna fechou antes do término do jogo tricolor. /// Foi bom ver Anderson entrar e fazer a parte que lhe cabia na zaga do Ceará. Superou bem o episódio do gol contra que marcou no jogo passado. Mostrou personalidade.
Salários
Luís Torquato está impressionado com os salários pedidos por atletas sondados pelo Guarany de Sobral. Qualquer jogador mediano quer no mínimo R$ 5 mil por mês. Torquato avisa que estão confundido as bolas. A capacidade de pagamento dos clubes do interior melhorou, mas ainda não alcançou condições de pagar esse valor senão a alguns atletas de nível mais apurado.
Rapidez
Após a saída do ex-presidente Paulo Vágner, o Ferroviário precisa colocar em ação, de forma mais rápida, as propostas de trabalho para o certame estadual de 2010. Faltam apenas três meses para o começo da competição. As definições no alto escalão têm de acontecer logo em todos os segmentos.
Desprestígio
O setor de arbitragem da CBF tem usado pouco os bons árbitros cearenses. Há rodada sem a escalação sequer de um deles. Mas, quando trata de manda para cá gente que até gol de mão confirma, age rápido. Não sei a razão de tanta discriminação para com a arbitragem cearense
Tempo ao tempo
Nos bastidores do futebol há coisas que somente muitos anos depois são verdadeiramente contadas e descobertas como aconteceram. No recente episódio do Fortaleza, quando da saída de Luís Carlos, o tempo cuidará de mostrar detalhes que certamente ficaram sob o tapete.
Caso internacional
Vejam, por exemplo, o episódio que culminou com a perda do título mundial pelo Brasil em 1998 na França. Até hoje paira uma nebulosidade quando tentam contar como aconteceu a convulsão e posterior escalação de Ronaldo Nazário. E olhe que ele está aí, vivinho da silva, brilhando no Corinthians. Mas o episódio permanece mal contado até hoje.
Aclamação
O presidente Evandro Leitão será reeleito amanhã para comandar o Ceará por mais um período. Aclamação esperada já pelo que Evandro há conseguido realizar à frente do clube, máxime pela transparência. O modelo aberto, participativo, deu credibilidade à atual gestão, daí a continuidade antecipadamente garantida.
Respeito
Rubinho Barrichello pode não ser um piloto de ponta como Senna ou Michael Schumacher foram. Mas não é um piloto qualquer ou ruim como alguns cáusticos jornalistas teimam em afirmar. Rubinho, quando na Ferrari, foi duas vezes vice-campeão do mundo (2002 e 2004), mesmo tendo, em certas ocasiões, recebido ordens para não ganhar a prova ou para deixar Schumacher passar. Rubinho merece respeito.
Retificação
Ontem, no Recordando, saiu a foto do América, quando, pela legenda, deveria ter sido a do Guarani de Juazeiro do Norte. Hoje faço a retificação abaixo, agora com a foto devida.
Recordando
1972. Guarani de Juazeiro do Norte. A partir da esquerda (em pé): Edinho, Marcelo, Zé Iran, Claudemir, Azul e Daniel. Na mesma ordem (agachados): Assis (massagista), Chicletes, Benício, Joãozinho, Cirineu e Esquerdinha. Falecidos: Assis, Joãozinho, Benício e Cirineu.
"Sérgio Alves perto ou longe da trave não é entrave: é gol".
Nazareno Farias Pedrosa
(Colaborador - Nova Russas/CE