Quarenta mil
O jogo de hoje será um dos mais importantes do Ceará. Tipo da partida adequada à consolidação alvinegra no G-4. O presidente Evandro Leitão convoca: quer 40 mil torcedores no Castelão. E não haverá desculpa de horário porque hoje não será o "jogo da madrugada". O horário é bom: 16h10. Torcida obrigada a comparecer. Aliás, até hoje não descobri a razão desses dez minutos além das quatro da tarde. Na televisão e no futebol não gosto de "horário quebrado" senão de horário cheio, fechado. A novela das oito pode até começar às nove, mas é das oito. É por aí. Fixação na mente. Pode ser bobagem de minha parte. Mas quem de nós não tem um pouco de bobagem ou implicância tola a cada dia. Bola que rola. E rola. Ceará pronto para mais uma jornada de três pontos, com todos os cuidados que um jogo assim requer. O primeiro deles é contra a surpresa. O PC Gusmão já advertiu sobre isso. E muito bem.
Decisão
Nesta fase do certame, todo jogo é decisão. Um ponto que falte aqui e um outro que falte acolá acabarão comprometendo no momento do somatório para a ascensão. O Brasiliense, pelos problemas que enfrenta, entra no rol dos times considerados mais vulneráveis. Portanto, quem como o Ceará quer chegar à Série A 2010 não pode deixar passar em branco essa chance.
O Carrasco
Sérgio Alves é fantástico. Alcançou o estágio de elevação profissional que poucos conseguem. Sabe estar na reserva, no banco, fora do banco, da mesma forma que, com alegria, poderá estar entre os titulares. Fase da vida onde a razão está acima das vaidades bobas. Ídolo que, em todos os jogos do alvinegro, tem o privilégio de ver sua imagem tremulando permanente numa bandeira da Cearamor.
"Fogo que salta"
Rômulo e Mota. Catapora, varicela, tatapora. Que coisa! Tatapora vem do tupi. Significa fogo que salta. Doença à parte, o Ceará também é fogo. E salta aqui e lá fora, passando por cima dos obstáculos. Que termine em Mota a catapora que resolveu ser mais um adversário para o Ceará. Só faltava essa em Porangabuçu.
Ausência
Ver o Brasiliense sem Iranildo é como ver o Guarany de Sobral sem Luís Torquato; o Ceará, sem o Dimas Filgueiras; o Icasa, sem Flávio Araújo; o Quixadá, sem Walmir Araújo. Fica faltando alguma coisa. Verdade que os primeiros nomes fora de campo; Iranildo em campo. Em outras palavras, imagem de alguém que fica associada definitivamente a um clube de futebol. Assim é Iranildo: a cara do Brasiliense. Veterano e bom jogador. A escalação do time sem ele deixa lacuna que só favorece o Ceará.
Comemoração
Amanhã o Fortaleza completará 91 de fundação. Dentre as comemorações, justa homenagem ao jornalista Sílvio Carlos pela passagem de seus 50 anos de atividade profissional. Sílvio experimenta ótima fase na sua vida. Ele Merece. Importante também a homenagem póstuma (Troféu Leão de Ouro) a Luís Rolim Filho, Robério Vieira, Mozart Gomes e Paulo Moura, que muito deram de si pelo engrandecimento do clube.
Respeito
Pesquei da coluna Apito Final, de Everaldo Lopes, na Tribuna do Norte de Natal: "O treinador do Fortaleza, Roberto Fernandes, em todas as suas palestras tem enfatizado para o elenco que o detalhe de o América estar na última colocação não significa que é adversário fácil. Roberto apontou alguns bons resultados do América no Machadão, inclusive o empate diante do Vasco, a goleada no Bahia e os 3x1 diante do Guarani. Até a goleada do Náutico sobre o Palmeiras foi lembrada".
Advertência
Bom que Fernandes esteja trabalhando assim. Esses resultados, principalmente diante de times de expressão como Vasco da Gama e Guarany, são indicativos fortes de que a posição de lanterna pouco importa em determinadas situações.
Vitória
O Fortaleza precisa vencer. Um empate será redução de espaço para quem pouco espaço tem. Por isso o Leão terá de ser ao mesmo tempo ousado e cauteloso. Entendo que o jogo terá suas naturais dificuldades. Mas vejo o Fortaleza com amplas condições de contorná-las.
Antecipação
Que bom se o Fortaleza ganhar hoje. Presente antecipado pelos 91 anos do clube. Quanto mais se afastar da zona maldita, mais festa.
Recordando
1967. Jogadores do Calouros do Ar antes de um treino em Aerolândia. A partir da esquerda: Marivaldo, Lúcio, Tangerina e Veto. Detalhe: Tangerina teve também boa passagem pelo Ceará. Hoje, Tangerina é veterinário. Faz anos não vejo Veto. (Acervo de Jurandy Neves de Almeida (Montese).
A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes".
François La Rochefoucauld, francês cultor de máximas
(Frase enviada por Nilson Júnior, suboficial da Aeronáutica)