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Ascensão

Ceará ganhou. Subiu mais um degrau. É o terceiro da Série B. Com extrema competência dominou o ABC. Aplicou 3 a 1 e poderia até ter feito mais. Consciente, o time cearense administrou o ímpeto inicial do time potiguar. E já aos14 minutos ligou impecável contra ataque que resultou no gol de Mota (1 a 0). Louve-se nesse lance, o primoroso passe de Geraldo. Nem a reação do ABC, que empatou com gol de falta batida por Gaúcho, inibiu o Vozão. A resposta de Geraldo foi quase imediata (2 a 1). Na fase final, PC Gusmão mais uma vez apostou nos contra-ataques em velocidade. O ABC esbarrou na compacta, perfeita e quase intransponível marcação do Ceará. A expulsão de Ricardinho mais complicou o dono da casa. Soberbo trabalho de Michel, João Marcos e Heleno. Oportunas as entradas de Reinaldo, Jorge Henrique e Misael. ABC perdeu-se em campo e de nada adiantou a entrada de João Paulo, Ivan e Júnior Negão. Arlindo Maracanã consolidou a vitória (3 a 1). Triunfo indiscutível de quem soube se impor, fazendo o jogo que lhe convinha desde o primeiro minuto de partida.

Observações

Geraldo foi o melhor do jogo. Fez um gol e teve participação nos outros dois. No gol de Mota, Geraldo teve 50% de contribuição. /// Ceará chega ao terceiro lugar. Se mantiver o padrão e a humildade, irá mais longe. /// A Vitória do Ceará e o empate do Bahia com o América só deram para o Leão. Pode sair da zona hoje.

Vitória

O Fortaleza terá hoje mais um desafio na luta contra o rebaixamento. A cada jogo, uma decisão. A vitória virou item obrigatório no suprimento alimentar do Leão. Somente triunfo dará suporte ao tricolor para os jogos seguintes. Daí a extrema responsabilidade na partida de hoje.

Resultados

O Figueirense faz boa campanha, mas não é um bicho de sete cabeças. Merece respeito, máxime pelos últimos resultados que foram excelentes. Basta ver que bateu em dois times que estão no G-4. Ganhou do Vasco em pleno Maracanã (1 x 2) e do Atlético de Goiânia (2 x 1). Da turma do G-4 só perdeu para o Guarani (3 x 2).

Episódios

Entendo, porém, que cada jogo representa um episódio diferente nesta longa história do Campeonato Brasileiro. Não é porque ganhou do Vasco no Rio de Janeiro que o Figueirense vá por isso ganhar do Fortaleza no Castelão. As situações são bem diferentes.

Soberba

Diante do Vasco, o Figueirense pegou um time presunçoso, cheio de soberba, que se achava superior porque líder. O Vasco entendeu que ganharia quando bem quisesse, quando acordou, já estava perdendo por 2 a 0. Aqui, o Fortaleza nem motivo tem para soberba senão para luta renhida, incansável. Eis, pois, a diferença. O Vasco esperou acontecer. O Fortaleza terá de acontecer.

Classificado

Amanhã, o Brasil já classificado para a Copa, enfrentará a Bolívia. Em La Paz, segundo Airton Fontenele, os bolivianos são favoritos. Lá, Bolívia e Brasil enfrentaram-se seis vezes: três vitórias da Bolívia, duas do Brasil e um empate. Foi lá que o Brasil perdeu a invencibilidade no certame, após 31 jogos invictos.

Esperança

Há muitas razões para a torcida tricolor lotar o Castelão. A principal delas é a renovada confiança no grupo depois da chegada de Roberto Fernandes. Nem mesmo o insucesso diante do Ceará comprometeu o desejo de reação tricolor, pois o resultado foi normal em se tratando de clássico.

Margem reduzida

A margem de manobra do Leão ainda comporta alguns tropeços, mas nunca em casa. Aqui já aconteceu tudo o que o Leão teria de admitir como deslize aceitável. Agora não mais pode transigir. Derrota pode levar à prostração definitiva pela descrença decorrente. Daí a obrigação de presença maciça.

Moral

Uma vitória dará ao Fortaleza força moral e mental para superar as próximas etapas. É aquele instante em que a tropa de choque é chamada para definir. Não há meio-termo. Tudo ou nada na linguagem esportiva. Nesta parte, o coração vale mais que a técnica, que a tática, que a condição física. Vale a força interior que impulsiona e supera toda deficiência.

Torneio

Em comemoração à Semana da Asa, que se aproxima, haverá, de 14a 16 deste mês, torneio de futebol soçaite no C. R. B-25, com participação de times do Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar. Lembrete do presidente do B-25, suboficial Nilson Júnior.