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Valorização

O clássico de sábado, Ceará x Fortaleza, ganhou nova importância. A necessidade de vitória de ambos certamente obrigará as equipes a uma postura ofensiva, franca, aberta. O Ceará precisa ganhar para permanecer no G-4. O Fortaleza precisa ganhar para tentar sair da zona de rebaixamento. Zonas diferentes, uma no alto, outra embaixo, mas objetivos comuns: somente a vitória nos planos de PC Gusmão e Roberto Fernandes. O Leão tentará fazer o que ainda não conseguiu neste certame: encaixar três vitórias consecutivas. O Ceará tentará alcançar o que ainda não lhe foi possível: subir para a terceira colocação. Por todos esses interesses o clássico ganhou maior valorização. Como há toda uma interdependência de resultados, até mesmo o empate fica fora dos planos porque dificultará sobremaneira o desiderato dos dois contendores. Por aí já se vê o grau de responsabilidade na partida.

Ausência

O Ceará já jogou sem Fabrício e não teve problemas. O Ceará já jogou sem Heleno e também não teve problemas. Mas jogar sem os dois será uma situação nova. A ausência de Heleno será sentida. Seu trabalho tem sido perfeito. No jogo passado, por exemplo, cumpriu exemplar atuação. Alta responsabilidade para o substituto.

Treinador

Vejam só o que é a junção de competência e sorte. Roberto Fernandes já provou que é ótimo treinador. O currículo dele diz tudo. Mas, além de profissional vitorioso, é preciso sempre um pouco de sorte. Antes de sua chegada, a bola ficava zanzando na frente do gol adversário e não entrava. Agora, vem o zagueiro do visitante e faz gol contra.

Bênçãos

A fé também influencia. Para muita gente, a foto do papa Bento XVI, segurando a camisa tricolor, produziu no subconsciente do grupo e da torcida a certeza de uma proteção especial. Essas coisas acontecem. São reações naturais do ser humano.

Prova

Agora a prova de fogo para testar mesmo a retomada tricolor será sábado. Momento para avaliar o ânimo espiritual do time diante de um desafio mais forte. Serão dois adversários ao mesmo tempo. Um, visível: o Ceará. O outro invisível: a pressão psicológica.

No embalo

O Ceará também terá necessidade de vitória, mas não com a mesma ansiedade do Fortaleza. Motivo simples: a margem alvinegra ainda permite alguns revezes, pois haverá como recompor. Além disso, o time está tranquilo quanto à permanência na Série B.

Marcação

É notória a forte marcação imposta pelo Ceará. Isso exige ótimo preparo físico. Daí o time dosar energias, máxime no segundo tempo. Sair em velocidade nos contra-ataque é opção do Ceará, quando se fecha e marca mais embaixo. Geralmente isso ocorre na fase final, quando a equipe dá sinais de algum desgaste.

Alternativas

De forma correta, PC Gusmão tem usado jogadores que aproveitam bem os espaços oferecidos pelos adversários, máxime no segundo tempo. Observem como Misael entra para manter as chances de contra-ataque em alta velocidade. Tem dado certo em Porangabuçu.

Semelhança

Wanderley é o homem para puxar contra-ataques em velocidade no Leão. Injustamente andou esquecido por parte dos técnicos que recentemente passaram pelo Pici. Foi reabilitado em boa hora pelo técnico Roberto Fernandes.

Recordando

1970. O então lateral-esquerdo Barbosa, na época em que defendeu o Guarany de Sobral, que naquele ano formou um timaço. Barbosa foi campeão cearense em 1968 pelo Ferroviário. Hoje, Barbosa é comerciante, sendo proprietário de um hotel em Icaraí. Além disso, é presidente a AGAP. Ontem foi alvo de homenagens porque aniversariou.