Ecos do triunfo
Mais que a vitória sobre o Vasco, em pleno Maracanã, valeu a demonstração de maturidade do time alvinegro cearense no Rio de Janeiro. Nada de se intimidar como outrora acontecia. A exibição dada pelo Vozão no segundo tempo foi perfeita. Plena consciência tática, marcando forte e subindo firme nos contra-ataques. Até na hora de tocar a bola para gastar o tempo, soube administrar como time grande que é. Louve-se nesta parte o comando de PC Gusmão. Providenciais entradas de Jorge Henrique, Eslley e Misael, todas processadas no tempo certo. Ao Vasco coube a humildade de reconhecer naquele momento a superioridade do Ceará, que foi elogiado até pelo técnico Dorival Júnior. Estão ainda no ar os ecos do triunfo cearense ocorrido na noite de sexta-feira passada. Motivo simples: além de mostrar um futebol compacto, eficiente, deu ao Vovô maior respeitabilidade para as etapas seguintes.
Referências
Não poderia deixar de citar aqui a importância de Jorge Henrique, que entrou no segundo tempo, acabou sendo a pessoa fundamental na definição do jogo a favor do Ceará. Referência elogiosa também ao goleiro Lopes que se mostrou seguro na hora em que o Vasco mais apertou.
O próximo
Vem aí o Bahia, treinado por Sérgio Guedes. No elenco, alguns jogadores conhecidos como Rubens Cardoso, Paulo Isidoro (ex-Fortaleza) e Nadson. Um time que, pela tradição, sempre será merecedor de todo o respeito.
Contratações
Mesmo numa posição muito boa na classificação, o Ceará não deixa de contratar. Não se acomoda e quer uma elenco de qualidade para garantir o padrão nos momentos em que houver necessidade de alterações. Time que tem o propósito de subir faz assim.
Diferente
No ano passado, o Ceará ia bem na Série B, até que levaram Luiz Carlos e Ciel. Resultado: o time perdeu qualidade por falta de substitutos à altura. Pior ainda: em razão disso até o bom atacante Vavá desmoronou. E o time apenas se manteve na faixa intermediária, sem maiores pretensões.
Objetivo
Está claro que agora o Vozão não quer mais ficar na dependência deste ou daquele jogador. Reforçou o elenco com Rômulo, Elson e Wescley, que nem estrearam ainda. E tem Preto e Sérgio Alves como opção. Tudo a seu tempo e na medida certa.
Substitutos
Elenco é isso. Vejam só, Fabrício e Michel não puderam jogar no Rio, mas seus substitutos não comprometerem.
Culpa
Está difícil analisar a situação do Fortaleza. Erra quem busca alguns culpados. A culpa é coletiva. Mirandinha e Giba não deram certo. Márcio Fernandes herdou a crise e tenta contorná-la. Animou com a vitória sobre o Paraná, mas voltou à estaca zero.
Utilização
Nem a utilização de jogadores que a imprensa e a torcida vinham pedido resolveu o problema. Caso de Bismarck e Wanderley, que Giba tinha deixado em segundo plano. Eles jogaram contra a Portuguesa (Wanderley entrou no transcorrer do jogo, substituindo Saulo), mas o time perdeu.
Oportunidade
Já é hora de o volante Leandro ser melhor analisado nos treinos no Pici. Segundo setoristas, o rapaz está bem, recuperou-se da contusão e faz-se merecedor de nova chance no time principal.
Palavra
Com o elenco que tem, o Fortaleza cai ou não cai? O técnico Márcio Fernandes diz que não cai. A maioria também afirma que não. Concordo. Tudo bem. Mas o time precisa no mínimo encaixar três vitórias seguidas, antes que seja tarde demais.
2008
No ano passado, o Fortaleza livrou-se do rebaixamento na última partida. Somou 45 pontos, mesma pontuação do rebaixado Marília. Leão salvou-se por ter uma vitória a mais.
Tropeço
Asa de Arapiraca fez bonito. Ignorou a vantagem do Icasa e por duas vezes virou o placar no Romeirão. Bela vitória por 3 a 2. Ganhou a vaga na final da Série C e deixou uma frustração na torcida cearense. De qualquer forma vale o objetivo maior já alcançado: o Verdão na Série B 2010.
Recordando
Década de 60. Calouros. A partir da esquerda (em pé): Luciano, Jandir, Romualdo, Pedrinho, Aracati e Linha Fina. Na mesma ordem: Valdomiro, Juarez, Beto, Everton e Zuzinha. Romualdo jogou pelo Ceará e foi titular da Seleção Militar Brasileira, onde atuou ao lado de Pelé. (Acervo de Elcias Ferreira).
"Ficaria orgulhoso se o Lippi me chamasse. Não vejo a hora de isso acontecer".
Amauri, desejando sua convocação para a Azzurra
Atacante brasileiro, agora naturalizado italiano