Erros de conclusão
O Vasco soube ganhar. Frio e calculista, definiu o jogo em dois momentos adequados. O Ceará perdeu porque repetiu os mesmos erros de conclusão. Perder gol faz parte do jogo. Perder gols em profusão é erro perigoso. E pode comprometer objetivos futuros. Vejam bem: o Vasco começou melhor, com marcação forte e aplicando velocidade quando ia ao ataque. O Ceará somente a partir dos 35 minutos encontrou meio de pressionar. Teve chances com Reinaldo, Wellington Amorim e Preto. Desperdiçou-as. Na fase final, o gol de Ramon (Vasco, 1 a 0) logo aos cinco minutos, fez o Vasco mudar de tática: passou a marcar no seu próprio campo, explorando contra-ataques. Mandou dois recados em enfiadas consecutivas. No terceiro momento, Ramon cruzou e Léo Lima matou o jogo (2 a 0). Teodoro fez entrar atacantes André e Branquinho. Em vão. O Vasco, sem afobação, soube garantir a vantagem.
Semelhante
Os minutos finais do primeiro tempo com o Vasco lembraram o bombardeiro que o Ceará aplicou na decisão com o Fortaleza: muita pressão, luta, força, tudo, mas tanto com Edu, Preto, Misael e Sérgio, quanto com Preto, Amorim, André e Branquinho, nada feito.
Diferença
Achei o Vasco melhor definido em suas propostas, mais consciente na execução das tarefas. Léo Lima ditou o jogo. O ala Ramon sobe na hora certa. Dele a participação que definiu a vitória: o gol e o passe para Léo fechar o placar. O Ceará criou situações mas pecou pela afobação.
Momentos
Acabou sendo justa a vitória do Vasco pela serenidade com que trabalhou até mesmo nos instante em que sofreu forte pressão. Após fazer 1 a 0, usou a tática do contra-ataque para matar o Ceará. Deu certo. Antes de fazer o segundo gol, dera dois ´recados´ diretos. No terceiro, definiu.
Diferença
Em dois momentos, Geraldo fez jogadas de alta classe, driblando vários jogadores vascaínos. Mas perdeu o tempo correto para efetuar a conclusão. Nos dois gols do Vasco, seus jogadores calcularam o tempo certo para definir. Daí a diferença.
Respeito
Gosto de respeitar o ser humano. Marcelo Bonan não foi bem, mas não pode ser ´queimado´ por isso. Esteve confuso numa saída errada em que foi driblado e quase tomou o gol. Complicou quando surpreendido pelo gol de Ramon. Deu sinais de intranqüilidade. Era previsível essa possibilidade diante da tarefa que lhe foi dada.
Peso
Bonan poderia ter entrado num jogo de menor responsabilidade. Ora, se Adilson, mesmo numa fase difícil, foi mantido nos jogos decisivos do campeonato cearense em razão da responsabilidade, por que não viram que de alta responsabilidade também seria o jogo com o Vasco? Foi carga demais sobre os ombros de Bonan.
Para a próxima
Não deu para fazer uma avaliação sobre o momento de Esley, André Neles e Branquinho. As circunstância em que entraram não foram favoráveis, pois o Vasco estava fechado. É esperar para formar melhor impressão sobre esses atletas.
Pausa
Longe dos holofotes, o Fortaleza cuida de recompor energias e retomar a confiança da torcida. Nada melhor que uma pausa. Espantar o fantasma do cansado e passar a vencer, eis a missão. Mirandinha firme e forte, máxime com a volta de jogadores importantes.
Consciente
Para mim, a derrota do Leão para o Guarani/SP foi acidente do trabalho. A derrota para a Portuguesa ainda conseqüência da estafa. A partir de sábado, nada mais de pretexto. Tudo favorável para o início da recuperação, com a volta, claro, de Marcelo Nicácio.
Alô, Rondônia
De Arimatea (arimatea101@hotmail.com), de Santa Luzia do Oeste, Rodônia): ´Sem sombra de dúvidas, o Galvão é o melhor narrador esportivo ainda hoje. Disparado. Como revelações vejo o Kaio, narrador da TV Diário, e narradores jovens da TV Interativa que acompanho pela parabólica´. Valeu, Arimatea!