Providências finais
A estudante universitária Nádia Brito, de 22 anos, morreu na semana passada, vítima de uma bala perdida que a atingiu na cabeça. Ela, nas proximidades da Uece onde estudava, nada tinha a ver com o futebol, mas os vândalos do futebol acabaram sendo o motivo da morte da jovem. Por onde os bandidos destruidores do futebol passam deixam rastro de suas violentas ações. Quando não matam, danificam veículos, casas, iluminação pública, tudo. Domingo próximo acontecerá o primeiro clássico decisivo do Campeonato cearense 2009. Como fazer para neutralizar de vez os baderneiros? A Polícia Militar montou esquema. Um pacto pela paz foi celebrado pelas torcidas rivais. Há todo um movimento pela não violência no futebol. A maioria quer paz. A minoria faz guerra. Nádia morreu. Será que a minoria continuará desafiando as autoridades? Providências contra violência foram tomadas. Queira Deus agora tudo dê certo.
Pontos
A Polícia Militar tem informações seguras dos locais onde comumente as brigas entre torcidas acontecem. Seria fácil neutralizar. Mas, sabedores disso, os vândalos mudam de tática e de ação, sempre usando o fator surpresa na hora de agir. Isso dificulta o trabalho da polícia. Por isso, muita gente deixa de ir aos estádios.
A missão
O técnico Zé Teodoro tem a missão de devolver ao Ceará a hegemonia do futebol cearense, perdida há dois anos. Zé foi o responsável pela última conquista alvinegra (campeão em 2006). Este ano ele já viveu quase ao mesmo tempo a dupla a experiência do esporte: vitória e derrota, aplausos e vaias. Deu a volta por cima.
Cuidado
Ainda está na mente dos alvinegros a façanha de Zé Teodoro em 2006. Com um time bem inferior ao do Fortaleza, ele ganhou o título estadual. Agora, com uma situação mais equilibrada (as equipes se eqüivalem no meu modo de entender), ele mantém junto à torcida a esperança de repetir o feito.
Equilíbrio
Numa análise comparativa, posição por posição, observa-se equivalência de valores entre tricolores e alvinegros, guardando-se as naturais variações. Adilson/ Douglas; Maisena/Boiadeiro, Fabrício/Sílvio, Edson/Erivelton, Fábio Vidal/Guto, Álvaro/Michel, Cleisson/Geraldo, Marcelo Nicácio/Sérgio Alves...
Tema
Nunca se debateu tanto a questão do ritmo de jogo. Nunca se debateu tanto o desgaste pelo excesso de jogos. Até que ponto cada fator irá influenciar nos jogos decisivos? Impossível dizer com antecedência. Há jogadores que sentem mais, há jogadores que superam melhor. Além disso, as circunstâncias do jogo terão significado muito especial.
A distância
Não há situação mais desagradável para um atleta profissional que, fora do jogo por algum motivo (contusão ou impedimento legal), fica obrigado a torcer de longe pela sua equipe. Caso de Cleisson e Marcelo Nicácio que aqui ficaram e viram o jogo pela TV.
Foco
Passado o jogo em Curitiba, o Fortaleza concentra atenções na primeira partida da decisão do ´estadual´. /// Quem está na maior expectativa é o atacante Luís Carlos, louco para estrear exatamente diante do seu ex-clube. /// Não comentei o jogo do Fortaleza, ontem realizado, porque a coluna fechou antes do término da partida.
Aniversariante
Sérgio Alves muda de idade hoje. Um dos maiores artilheiros da história do Ceará, tem mil razões para festejar bem a data: retomou seu prestígio junto à torcida alvinegra, quando muitos o imaginavam ultrapassado. Tem assinalado gols importantes. É um dos trunfos do Ceará para a decisão com o Fortaleza. Parabéns.
Recordando
Alunos de comunicação fazem uma pesquisa interessante: querem saber quem foi a primeira mulher a trabalhar como repórter esportiva no rádio cearense. Pelo que sei, foi Vilma Maria com quem trabalhei na Rádio Dragão do Mar em 1969. Posteriormente, Vilma se transferiu para a TV Educativa (hoje TV Ceará - Canal 5), onde fez outros trabalhos fora do esporte. Acho que foi mesmo a Vilma a primeira mulher a trabalhar nessa área no rádio. Depois dela, já pela década de 90, veio Marilena Lima, que hoje faz mais coberturas policiais. Quero crer que foram as duas primeiras repórteres que cobriram os nossos clubes. De certa época para cá, as redes de tv passaram a usar mulheres na reportagens esportivas , mas num trabalho bem diferente do de Vilma e Marilena.
"Ainda bem que foi comigo, que não jogo, e não com um jogador que vai atuar domingo".
Evandro Leitão, após fraturar a clavícula
Presidente do Ceará