Euforia nos limites
O Ferroviário vive momento de justificada euforia. E não é para menos. Não me refiro apenas ao aproveitamento de 100% no segundo turno, mas ao ótimo padrão que o time de Arnaldo Lira há conseguido. Quando o torcedor decora a formação já é meio caminho andado para a desejada sintonia fina. A automação coral é visível. Até as substituições são previsíveis. Tudo bem definido, de acordo com o que fica no banco à disposição do treinador. Sabe lá o que e ter Léo Jaime e Jardel como opção... Os zagueiros corais são bons: Antonio Menezes e Paulo Paraíba. Os laterais Rodrigo e Cleiton estão em boa fase. Na meia-cancha, Válter, Robson, Diego e Ernandes entrosaram-se. Wescley elogiado pelo próprio Jardel. Lira simplificou: faz mudanças sem complicações. Casos de Dino, Guto e Wilson. Enfim, uma família em ação. Mas é preciso cuidado para que a euforia permaneça nos limites adequados.
Amadurecimento
O Ferrão não é um time perfeito. Tanto não é que tropeçou na decisão do turno perdido para o Ceará. Mas é um time em visível aperfeiçoamento. E mais: o amadurecimento do grupo há lhe dado confiança. Um time que se fortalece a cada jogo, bem ao estilo do treinador.
Prudência
Na fase de empolgação alcançada pelos corais, não se pode perder de vista a prudência. Esta evita o ´já ganhou´. Muitas vezes, é preciso um susto para não deixar a equipe em devaneios, longe da realidade. Sábio o técnico que diz: ´O time ainda não ganhou nada´.
Outra sensação
O Guarany de Sobral está com tudo. Basta ver o desempenho do Bugre diante dos chamados grandes da capital. Empatou com o Fortaleza no Pici (1 a 1) e ganhou do Leão no Junco (1 a 0). Empatou com o Ceará no Junco (2 a 2). Perdeu para o Ferroviário na Barra (1 a 0). Portanto, disputou quatro jogos e perdeu um.
Movimentação
Reinaldo Aleluia continua com o mesmo futebol de sempre, de empenho e muita correria. Ele incomoda as defesas contrárias. Da mesma forma o baixinho Clodoaldo. Os dois podem não ter fôlego para um jogo inteiro, mas basta o tempo que passam em campo para criar embaraços para os adversários.
Na mira
Outro time que tem proposta de G-4 bem definida é o Maranguape. Gerson firmou-se de vez, após receber irrestrito apoio do técnico Júlio Araújo. O time está com oito pontos e duas vitórias. E um Danilo Pitbull cada vez mais goleador.
Juízo
Quem tem elenco limitado deve chamar a atenção dos atletas mais importantes no sentido de evitarem os cartões bobos. A ausência de Marcelo Nicácio prejudicou muito o desempenho do ataque do Leão. Da mesma forma, a ausência de Vanderley que cumpriu punição. Taí no que deu em Sobral. Juízo, gente.
Elogio
No Fortaleza, faço questão de registrar o bom futebol que Gilmack está apresentando. No primeiro tempo em Sobral, observei duas perigosas conclusões dele no apoio ao ataque. Está muito bem mesmo, tanto na marcação quanto nas subidas.
Críticas
Márcio e Fidélis foram alvo de críticas fortes após a derrota do Ceará. Eles não foram bem. Mas costumo dar um pouco mais de tempo para avaliação definitiva. Há muitos exemplos de jogadores que começaram mal, mas depois se firmaram.
Defesa
Cito o caso concreto da defesa do Ceará que, após várias experiências feitas por Zé Teodoro, só encontrou consistência quando formada por Fabrício e Erivelton. Quando um deles está ausente, tudo de complica. E lembrem que Fabrício não teve bom início, mas firmou-se depois.
Solicitação
De João Batista Vasconcelos: ´Gostaria que fosse publicada a foto de Marcos, ex-lateral-direito do Ceará nos anos 70. Hoje Marcos é coronel da PM. O nome dele é Marcos Antônio Costa Carneiro. Estudamos no Colégio Hermínio Barroso´. Alô, João. Marcos é irmão do narrador Carlos Fred. Farei o possível para atendê-lo.
"A equipe não entrou em campo. É preciso que os jogadores acordem. O 2º turno já começou".
Conceição Mota, sobre o Ceará Sporting Club
Colaboradora (conceicaombento@yahoo.com.br)