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Números para o clássico

O Ceará fez melhor campanha que o Fortaleza. O alvinegro ganhou o confronto direto (2 a 1). Tem 66.67% de aproveitamento contra 55.56% do Leão. O Ceará obteve cinco vitórias. O Tricolor de Aço, quatro. O Fortaleza leva vantagem no número de gols marcados (18 a 17) e no saldo de gols (7 a 6). Esses números servem para avaliações. Análises comparativas são importantes. Entretanto, a história há provado que em se tratando de clássico entre alvinegros e tricolores cada jogo é contado isoladamente, independente do que antes fizeram as duas equipes. O Ceará tem time mais experiente. O Fortaleza, mais jovem. Mas há no Leão jogadores que podem transmitir aos jovens a correta dosagem de comportamento, ora afoito, ora comedido, ora prudente, ora ousado. Rodrigo Mendes, com toda a bagagem que tem, é um dos nomes para fazer isso. O Ceará é melhor, mas clássico nivela. Não há favorito.

Simplificação

Pelo andar da carruagem, observo que Casemiro Mior, de forma acertada, resolveu simplificar a formação tricolor. Repetir a escalação é o melhor caminho para alcançar a automação. Mexer somente quando necessário. Caso de Eusébio que está com o terceiro cartão.

Ausência

A propósito, a impossibilidade de Eusébio jogar tira do tricolor uma da melhores alternativas que tinha pelo lado esquerdo. Não raro, Eusébio, na diagonal, cria situações de gol ou ele mesmo finaliza com exatidão. Guto é bom jogador, mas Eusébio está mais entrosado.

Mistérios

Antes de clássico, cada treinador mantém seus segredos. Somente em raras exceções eles abrem o jogo antecipadamente. Quero acreditar que Rodrigo Mendes e Marcelo Nicácio serão utilizados pelo técnico Casemiro Mior no transcorrer da partida, de acordo com as conveniências. Mas nada impede a escalação de um deles logo de início.

Ascensão

Exatamente quando Alex Gaibu está no seu melhor momento, ou seja, em plena ascensão, fica fora de um clássico tão importante como o de hoje. Mas vale frisar: ele foi expulso injustamente, num equívoco do árbitro Joaquim Websther.

Dupla

A composição da zaga com Fabrício e Erivelton dá ao Ceará a melhor formação nesse compartimento. Ao conseguir o efeito suspensivo para Fabrício, o alvinegro garantiu colocar em campo a dupla que melhor entrosamento demonstrou. Há uma espécie de sintonia fina entre os dois.

Deu empate

Maranguape e Ferroviário ficaram no 0 a 0. E, a rigor, pelas circunstâncias, o placar acabou sendo justo. O Gavião teve mais chances. Carlos Alberto mandou bola na trave. Danilo e Gerson desperdiçaram dois grandes momentos. Maranguape teve o jogo na mão, mas os erros de finalização comprometeram seus objetivos.

Bravura

O melhor momento do Ferroviário aconteceu com João Neto na cobrança de pênalti, mas desta vez Jefferson pegou. Durante boa parte do jogo, o Ferroviário ficou com dois jogadores a menos porque Menezes e Valter foram expulsos. Mais uma vez a bravura do grupo coral segurou o adversário.

Observações

Maranguape perdeu a chance de sair na frente na semifinal. O Ferrão, que não jogou bem nem quanto estava completo, precisa simplificar o modelo tático. Sábado tem o jogo de volta. Tomara que seja melhor.

Velho PV

Saudosismo, nostalgia. O velho PV tem história. Lamento ver o descaso ter levado ao comprometimento essa praça esportiva. Não sei o que restará do PV. Dizem que será mantida a base. Até que ponto? Desleixo é a palavra certa para qualificar os que deixaram a situação chegar a tanto.

Reestruturação

Diante de tantas reviravoltas no Icasa de Juazeiro, cheguei a anunciar a demissão de Fito Neves. Errei, pois Fito Neves ficou. Foram liberados os jogadores Robson Carioca e Piva. Como reforço, Zacarias Silva contratou Juninho Petrolina (meia), Reinaldo (volante) e Moacir (atacante). Esperança de novos tempos. Queira Deus.

"Num clássico, o time precisa ter consistência. Correto é mexer o mínimo possível".
Zé Teodoro
Técnico do Ceará