Liderança alvinegra
Na reta final da fase classificatória, o Ceará ganhou do Icasa (1 a 0), chega aos 18 pontos, assume a liderança e enche-se de moral para o cruzamento. Mais que a produção, valeu o resultado pela confiança que transmitiu ao grupo. Zé Teodoro há conseguido administrar com competência momentos favoráveis e desfavoráveis. Ontem, o Vozão não atuou bem e até passou por alguns sustos em jogadas de Leozinho, o melhor do jogo. Mas nada além disso. Aí o especialista Sérgio Alves fez a diferença. O carrasco é predestinado a definir situações. Dele o gol que deu a vitória e a liderança ao Ceará. Já em Maranguape, Horizonte fez a festa. Ganhou por 3 a 1, de virada, e poderia ter ampliado. Um passeio do time de Argeu. Maranguape fez 1 a 0, com Carlos Alberto, e desapareceu em campo. Horizonte tomou conta do jogo. Maranguape deixou sumir a chance de classificação antecipada. E embaralhou suas pretensões.
Observações
Segundo Gomes Farias, o Ceará não jogou bem, mas produziu o suficiente para merecer a postura de líder. /// Em Maranguape, destaque para a atuação do ala Andrezinho, seguido de Preto. /// Horizonte ressurgiu das desvantagens bem ao estilo de Argeu, técnico que ontem deu uma aula tática em pleno Moraisão.
Joga bonito
Observem a qualidade do futebol de Diego na meia-cancha do Ferroviário. A ascensão coral tem tudo a ver com o que ele vem desenvolvendo. Toque fácil, visão de jogo, correta distribuição. Se continuar assim, certamente seu nome estará na lista dos melhores do Campeonato Estadual 2009. E Arnaldo Lira tem sabido utiliza-lo muito bem.
Conjunto
A propósito, a força coral está concentrada na participativa coletiva de Rodrigo, Diego, Guto e Ricardo. E observem que Léo Jaime esteve fora nos últimos jogos. Agora imaginem quando Léo Jaime puder formar com Jardel a dupla de ataque.
Foco
Guarany fora das semifinais. Após início oscilante, reagiu no transcorrer da competição e chegou aos 10 pontos. Obteve bons resultados diante do Fortaleza, no Pici, e diante do Ceará, em Sobral. Dos chamados grandes da capital, perdeu apenas para o Ferroviário e pelo placar mínimo. O foco agora é o segundo turno. Vai dar muito trabalho.
Pênalti
Fito Neves (Adolfo José Lima Neves), atual técnico do Icasa, nasceu em Tremembé/SP. Está com 57 anos. Foi dele o primeiro gol de pênalti no Castelão, fato acontecido no jogo Fortaleza 2 x 1 Bahia, no dia 2 de dezembro de 1973, válido pelo Campeonato Brasileiro. (Dados de Airton Fontenele).
Comparações
Itapipoca já montou times bem melhores em temporadas passadas. /// Icasa mantém foco no segundo turno. No primeiro, nem de longe lembrou o time dos últimos dois anos./// Clodoaldo, no jogo na Barra, jamais lembrou o grande Clodoaldo .
Homenagem
Fiquei feliz ao ver Ronaldo Angelim sendo homenageado pela torcida do Flamengo, que confeccionou um bandeirão dedicado ao atleta. Motivo: os 150 jogos que ele fez pelo clube. Não sei a razão por que Angelim não foi convocado por Dunga para defender a Seleção Brasileira. Garanto que ele está melhor do que os chamados para o amistoso com a Itália, em Londres, no próximo dia 10.
Pega muito
Verdade que o goleiro Eufrásio, do Itapipoca, falhou no primeiro gol do Boa Viagem. Mas no cômputo geral do turno ele foi um dos melhores da competição. Seu momento excepcional aconteceu no empate em Horizonte quando fez defesas espetaculares e até pênalti pegou. Há anos Eufrásio tem mostrado elevada categoria.
Recordando
Seria impossível relembrar os nomes de todos os goleiros das décadas de 50 e 60. Acompanho futebol apenas de 1957 para cá. Não vi em ação o goleiro Juju, ontem citado. Juju foi goleiro campeão pelo Ferroviário em 1950 e 1952. Vi em ação Adir, goleiro que durante vários anos defendeu o Usina. Aliás, o Usina foi um eterno vice-campeão. Sofreu síndrome semelhante à síndrome vivida pelo Icasa. O Usina foi vice-campeão cearense em 1956, 1957, 1961 e 1962. Lembrei agora de mais dois bons goleiros daquela época: Sieta, que defendeu o América, e Jairo, que durante vários anos foi destaque do Calouros do Ar. Em 1966, o goleiro Pedrinho sagrou-se campeão cearense pelo América (não confundir com Pedrinho Simões, campeão pelo Gentilândia em 1956 e vice-campeão da Taça Brasil de 1960 pelo Fortaleza.
"Se o time não estivesse na ponta, poderiam chamar até Zico e Pelé que não vinha ninguém".
Arnaldo Lira, sobre a superlotação da Barra no jogo com o Guarany
Técnico do Ferroviário