Os jovens
No passado, Gildo e Croinha como centro das atenções. Alexandre Nepomuceno e Zé Paulo, seus marcadores, com dupla preocupação. Assim o clássico que tinha o PV como cenário. Desde segunda-feira, as atenções estão concentradas em Rinaldo e Sérgio Alves. Matérias nos jornais, rádios e tvs. Há jogadores que fazem a diferença nos clássicos. São atletas mais preparados para os grandes desafios. Eles não tremem diante das multidões. Pelo contrário, fazem das multidões um estímulo para melhor desempenho. São artistas em busca de aplausos. Os jovens como Ederson, Dedé, Adailton e Bambam sabem que a consagração e a firmação só acontecem nos grandes clássicos. Quem não conseguir notoriedade em disputa assim não marcará sua presença na história dos clubes. Não passará de mais um componente dentre tantos que já disputaram os clássicos e depois caíram no esquecimento.
Gols
Marcar um gol num clássico Fortaleza x Ceará pode ser motivo de autêntica ovação. Cito um exemplo: Lelê. O pequeno meia alvinegro fez um golaço, encobrindo o goleiro tricolor. Virou manchete e matérias por vários dias. Depois não consolidou sua posição.
Emprestado
Lelê terminou emprestado pelo Ceará. Viveu seus momentos de fama exatamente num clássico-rei. Creio que sofreu discriminação porque ele era de pequena estatura. Mas entendo que jogava melhor do que alguns atletas que recentemente passaram por aqui.
Momento
Artilharia é um negócio complicado. Vejam só: Vavá fez o gol da vitória do Ceará sobre o Fortaleza no jogo de ida pela Série B do atual Campeonato Brasileiro. Seria motivo de glória. E, naquele instante, realmente foi. Mas parou ali. Estancou. Virou problema psicológico para o jogador, que tentará sair do problema exatamente diante do próprio Fortaleza. Coisas da vida.
Ídolo
O jovem atacante Osvaldo é muito bom. Rápido, arguto. Está alcançando amadurecimento profissional importante, seguindo a cartilha do experiente treinador Heriberto da Cunha. Este, aliás, não cansa de dizer que num breve espaço de tempo, Osvaldo será referência no futebol cearense.
Oportunidade
Concordo com Heriberto. E acho até que o treinador do Fortaleza poderia antecipar o sucesso desse rapaz, que se há mostrado eficiente, máxime quando em desvantagem está o Leão. Hora de buscar a consagração, pois.
Mistérios
É normal cada treinador esconder o jogo, ou seja, não divulgar de forma antecipada a escalação de sua equipe. Mas creio não haver mais segredo entre eles senão pequenas dissimulações. O ato de encobrir as próprias intenções faz parte do esporte embora, em determinadas circunstâncias, isso seja bobagem.
Alterações
Sempre cito aqui o técnico Ferdinando Teixeira. Ele dizia que mais importante que definir a equipe que começa é fazer as alterações decorrentes da leitura do jogo. É sair de um modelo tático para o mais adequado diante da ação do adversário.
Rumo
Quem lê melhor o jogo, Lula ou Heriberto? Ora amigos, essa questão de ler o jogo varia muito. Há partida de difícil leitura. E há jogos de lógicas conclusões. Nem sempre o técnico alcança de imediato a proposta adversária. A inspiração do dia pode determinar o rumo.
Modelo
O 4-4-2 e o 3-5-2 são os modelos mais utilizados no momento. Mas o meu preferido continua sendo o que praticamente está em desuso 4-3-3. Era o modelo preferido do ex-técnico César Morais, o Guri. Ele sempre deixava dois pontas bem abertos. E, não raro, obtinha sucesso.
Argumento
O Guri dizia que, com dois pontas bem abertos, os laterais adversários não tinham a coragem de subir. Era uma forma de prender os alas, que assim não teriam como apoiar o ataque. Mas isso depende das características dos atletas disponíveis. Se velozes e bons de drible, ótimo. Sem isso, seria um caso a pensar ou repensar.