Matéria-573153

Reta final

Ainda não começou a contagem regressiva, mas está perto. A reta final, na minha opinião, terá início na 30ª rodada, quando faltarão apenas oito jogos para definir situações. Tempo de inventariar pontos ganhos, número de vitórias, saldo de gols e gols a favor. Cada detalhe fará a diferença entre subir ou não para a Série A ou, na ponta de baixo, escapar ou não da degola. Aflitiva a atual condição do Fortaleza. Mais ainda por desperdiçar em casa as chances para pontuar melhor. O Ceará, por sua vez, na medida em que não ganha fora, vê mais difícil a sua esperança de restabelecer contato com os líderes. Reafirmo o que ontem explicitei: a qualidade do momento ainda não permite acreditar numa subida para a elite. É preciso reagir com um futebol agudo, regular e consistente, diferente do que está sendo mostrado. Produção que terá de ser corrigida com urgência, antes de o certame ingressar na reta final.

Estádio

Quer queiram, quer não, o PV desativado tirou dos times cearenses a vantagem de ter o seu ´alçapão´. A estatística há mostrado que a maioria dos times, nas Séries A e B, tem aproveitamento melhor em casa, máxime com estádios onde a torcida fica perto do campo.

Alçapão

Não quero justificar a situação dos nossos clubes em razão da interdição do PV. Não é isso e nem sou louco para assim pensar. Mas grande é a diferença entre o Castelão com 5.588 torcedores e o PV com 10 mil torcedores. Os ´La Bombonera´ têm sua razão de ser.

Diferença

Nos acréscimos, o Fortaleza sofreu um gol em Santa Catarina e perdeu, de virada, do Avaí por 2 a 1. Nos acréscimos, o Fortaleza teve a chance de ganhar do Juventude. Gaúcho desperdiçou o pênalti e o Leão ficou no empate. Diferença: os adversários sabem aproveitar as chances nos instantes derradeiros e faturam. Ceará e Fortaleza não sabe fazer isso. Parece que tremem...

De olho

O argumento acima vale para os cearenses de uma forma geral, pois, não raro, têm experimentado gols fatais nos instantes finais dos jogos. Não sei como qualificar isso. Será medo? Será complexo? Ou as duas coisas ao mesmo tempo?

Na terra

O querido Haroldo Castelo Branco mais uma vez na terrinha. Veio para o aniversário de sua mãe, Maria Alice. Haroldo foi jogador brilhante no Gentilândia, Fortaleza, Ceará e Seleção Cearense. Hoje, é responsável pela estratégia de segurança da Seleção Brasileira.

Adversário

O comentarista Sérgio Pinheiro discorda dos que convencionaram chamar de jogo de seis pontos aquele em que duas equipes brigam entre si porque próximas na colocação e nos pontos. Caso de Ceará e Bahia. Mesmo número de pontos (35), vitórias (9) e empates (8), derrotas (8). A diferença está no saldo de gols: Ceará tem cinco; o Bahia, menos sete.

Em casa

Fortaleza novamente em casa. Agora vem o Criciúma (13º). Heriberto da Cunha mais uma vez com muita gente fora (punição e contusão). Dor de cabeça para quem não consegue repetir a mesma formação, quebrando a tão desejada sintonia fina.

Advertência

A defesa do Leão deve ficar atenta ao jogo aéreo do Criciúma. Na vitória sobre o ABC por 2 a 0, os gols foram dos zagueiros Wescley e Everton, aproveitando cruzamentos na aérea potiguar.

Mensagens

De Mauricio (Joinville/SC). E-mail vendas@globalSeguranca.com.br: ´Onde anda Rinaldo, goleador do Leão? Esse sempre se identificou com o Leão. Às vezes quantidade não resolve. Por que o Fortaleza não tentou trazer o Rinaldo de volta?´ Resposta simples: seria dinheiro demais.

Ajustes

Não é da noite para o dia que um time consegue retomar boa produção no ataque, máxime quando perde duas referências como Luiz Carlos e Ciel. É o problema vivido pelo Ceará. Não há milagre. O ajuste exige um certo número de jogos. Sérgio Alves estreou de forma discreta. E não poderia ser diferente.

"A palavra que mais ouvi este ano foi contratação. Tudo para efeito tão ínfimo".

Teófilo Neto
Defensor Público