Quem conhece o Fortaleza? Vojvoda? Marcelo Paz? A torcida? Quem? Não sei. Acho que ninguém conhece. Nem eu, nem Wilton Bezerra, nem ninguém. O Fortaleza é misterioso. É fantástico. Repito a velha frase: em verdade, em verdade, vos digo, o Fortaleza é além da imaginação.
A vitória (1 x 2) sobre o Flamengo, no Maracanã, é mais uma prova da capacidade tricolor. Capacidade de surpreender e de jogar bem, quando em confronto com os chamados grandes do futebol brasileiro. Capacidade de suportar pressão. Capacidade de superar pressão. Sofreu o empate, mas foi buscar a vitória.
O Leão é tão imprevisível que, após sofrer uma humilhante goleada do Cuiabá, agigantou-se diante dos dois times considerados os melhores do Brasil. Goleou o Palmeiras (3 x 0) no Castelão e ganhou do Flamengo em pleno Maracanã. Voivoda superior a Abel Ferreira. Vojvoda superior a Tite.
Repito trecho que escrevi há algum tempo, quando de uma notável façanha do Fortaleza: a história tricolor é feita de atos de grandeza, de elevação. De crença, quando na adversidade; de confiança, quando na dúvida; de coragem, quando tudo parece perdido.
Na coluna de ontem, deixei bem claro: não duvidem se, nestas surpreendentes atuações do Fortaleza, o Leão possa complicar a vida flamenguista no Rio de Janeiro. Complicou. Venceu. Quem conhece o Fortaleza? Ninguém. Só o próprio time se entende. E se explica.