A elite nacional recebe de volta o Ceará. Um retorno mais valorizado porque sofrido. A apreensão e a alegria em um ato só. Agora, a glória de voltar ao lugar de onde jamais deveria ter saído. O Ceará, pela estrutura, pela história, pela tradição, é Série A. É primeira divisão.
Agora, sim, como diz a canção de Benito de Paula, “tudo está no seu lugar, graças a Deus, graças a Deus. Não devemos esquecer de dizer, graças a Deus, graças a Deus”. O sorriso estampado dessa gente tomou conta do Estado. De cabeça erguida, a alvinegrada mostrou o seu valor.
Claro que houve muita ansiedade no empate com o Guarani. O Bugre, apesar de lanterna e rebaixado, brigou como uma fera. Toda a responsabilidade e pressão estavam de um lado só: o lado do Ceará. Mais ainda quando o Sport passou a comandar o placar na Ilha. A ajuda do Goiás aliviou.
Hoje, pouco importa o que foi o jogo: importa a ascensão. A missão cumprida. Na campanha, houve momentos de descrença, de desconfiança, de desilusão. Instantes em que tudo parecia perdido. Mas veio a incrível superação na reta final. Louvável a fé do técnico Léo Condé, grande timoneiro. Louvável a força mental do grupo.
Depois do recorde no Castelão, com 63.908 torcedores, a alvinegrada não poderia ter um outro destino senão voltar a formar entre os vinte mais importantes clubes do Brasil. Alô, Vozão, agora sim, tudo está no seu lugar!