A prioridade do Fortaleza no segundo semestre

Leia a coluna de Tom Barros

Série A ou Sul-Americana? O Leão está muito bem nas duas competições. E agora? Faltam sete jogos para terminar a segunda maior competição das Américas. Faltam 18 jogos para terminar o Campeonato Brasileiro. Qual a prioridade a ser dada pelo Fortaleza? O assunto requer muito cuidado na hora de definir.  

O futebol cearense precisa de um título de campeão nacional ou internacional nas esferas de maior importância, ou seja, na Série A, na Copa do Brasil, na Libertadores ou na Sul-Americana. O Leão já foi duas vezes vice-campeão da Copa do Brasil (1960 e 1968) e uma vez vice-campeão da Sula. Está chegando.  

O caminho para o título de campeão da Sul-Americana é mais curto. Não diria mais fácil, embora teoricamente pareça também menos complicado. Para ganhar o título de campeão da Série A nacional os desafios são maiores, até mesmo pela extensão das disputas. Na linguagem bem popular, autêntica “légua tirana”. 

Há quem entenda que o time tem de encarar, sem prioridade, todas as disputas. Nesse caso, é preciso avaliar bem a condição do elenco disponível. Nada de ir com muita sede ao pote. Sensatez acima de tudo.  

Esperança 

A próxima rodada da Série B marcará o fim do turno ou, como se convencionou chamar, a “virada da montanha”. O Ceará cresceu de produção nos últimos três jogos. Dá sinais de recuperação sob o comando do treinador Léo Condé. Mas, para total confiança, será necessário comprovar nas próximas jornadas. 

O lanterna 

No caminho do Vozão está o Guarani de Campinas, lanterna da Série B nacional. Teoricamente, uma ótima oportunidade para o Vozão faturar mais três pontos. O Guarani, em 18 jogos, obteve apenas duas vitórias. Uma campanha pífia. Em casa, no Castelão, todos os ventos a favor do Ceará. 

Encanto 

Gosto apenas de algumas modalidades dos Jogos Olímpicos. Fico impressionado com a ginástica. Aprendi a admirar a ginástica em 1976, na Olimpíada de Montreal, quando a romena Nadia Comaneci, então com 14 anos, assombrou o mundo. Ela ganhou cinco medalhas, sendo três de ouro. Fascinante. Nadia está hoje com 62 anos de idade. 

Exemplo 

Também nos Jogos Olímpicos gosto das competições de velocidade. Na Olimpíada de 1960, em Roma, a norte-americana Wilma Rudolph ganhou três medalhas de ouro (100m, 200m e revezamento). Detalhe: Wilma, na infância, tinha sido vítima da paralisia infantil. Apenas com 12 anos conseguiu andar. Uma impressionante história de superação. 

Canguru 

Em 1952, na Olimpíada de Helsinque, o brasileiro Adhemar Ferreira da Silva surpreendeu o mundo. Ganhou o salto triplo com a marca de 16,22m, recorde mundial. Em 1956, na Olimpíada de Melbourne, Adhemar ganhou o bicampeonato olímpico, com a marca de 16,35m. Passou a ser chamado de “Canguru Brasileiro. Também uma bela história de superação.