A primeira vitória alvinegra

Leia a Coluna desta quarta-feira (9)

O Ceará viajou. E levou consigo a esperança de obter a primeira vitória na Série B. O Santos, atual líder, e o Sport, vice-líder, já têm três vitórias. O Goiás (3º) e a Chapecoense (4º), duas vitórias. Já o Ceará, que deseja se inserir entre os classificados para a Série A de 2025, não conseguiu vencer um jogo sequer. Daí a importância de uma vitória amanhã em Novo Horizonte-SP. A ausência do atacante Erick Pulga reduziu o poder ofensivo alvinegro. O time sentiu os efeitos da situação. Mas isso não pode ser desculpa para justificar a campanha abaixo do esperado.

Há algo que está travando uma melhor produção. Não consegui detectar a causa. Quero crer que o próprio técnico Vagner Mancini também está tendo dificuldades na missão de fazer a correção de rumo. O Novorizontino, adversário do Vozão logo mais, é o sexto colocado e já obteve duas vitórias. Ganhou (2 x 1) do CRB na estreia. Perdeu para o América-MG no segundo jogo. Ganhou (1 x 3) do Ituano na terceira partida. A missão do Ceará, pelo que o alvinegro vem jogando, é muito delicada. Um novo insucesso poderá produzir séria instabilidade em Porangabussu.  

 

Rendimento 

 

No elenco do Ceará há jogadores que podem render muito mais. No momento, pelo menos na minha avaliação, apenas dois estão no padrão adequado para garantir ao time uma qualidade à altura do exigido pela competição: o goleiro Richard e o ala Raí Ramos. Lamentavelmente, Erick Pulga sofreu contusão quando estava no melhor momento de sua produção profissional. 

 

Treinadores 

 

Na Série C nacional, os times cearenses não vão bem. Ferroviário (17º) e Floresta (20º) estão na zona de rebaixamento. Ambos sofreram goleadas. O Floresta, em casa, no PV, perdeu para a Ferroviária-SP (1 x 4) e o Ferroviário foi goleado pelo São Bernardo (5 x 0) em São Paulo. Resultado: dançaram os treinadores. É sempre assim. 

 

Retorno 

 

O Ferroviário trouxe de volta o técnico Paulinho Kobayashi, que tinha comandado o Ferrão na bela campanha do título de campeão brasileiro da Série D em 2023. Aliás, Paulinho não deveria ter saído do Ferroviário. Agora, de volta, tem a dura missão de promover a retomada coral. Competência ele já provou que tem. 

 

Velho conhecido 

 

O Floresta também seguiu o mesmo caminho coral, ou seja, como consequência do insucesso, mudou o treinador. Trouxe um velho conhecido do futebol cearense: Marcelo Cabo. Ele foi treinador do Ceará em 2015. Também dirigiu o Vasco da Gama (2021), o Goiás, a Chapecoense, dentre outros. Tem muita experiência. 

 

Rotatividade 

 

No futebol brasileiro, após uma série de insucessos, é comum a mudança de treinador. insucessos. É mais fácil demitir um técnico do que mandar embora 11 jogadores. Geralmente o treinador é escolhido como bode expiatório. Muitas vezes, a culpa pelo fracasso não é dele, mas de um elenco ruim. Pouco importa: quem arca com as consequências é o treinador.