As derrotas do Fortaleza para o Corinthians (0 x 2) e do Ceará para o Coritiba (3 x 1) deixaram uma sensação de perda, de frustração. Os insucessos, em determinados momentos, parecem maiores do que realmente são. Ninguém gosta de perder.
Às vezes, conduzidas pelo excesso de otimismo, as pessoas passam a projetar resultados possíveis, mas de difícil alcance. Quando os mesmos não acontecem, a falta de aceitação se mostra ostensiva. Daí os protestos que, não raro, são desproporcionais.
Quando o Fortaleza assumiu a liderança da Série A, o entusiasmo levou ao sonho do título de campeão brasileiro. Já pela Sula, no primeiro jogo diante do Corinthians, o sonho era de abrir vantagem para o jogo de volta. Os resultados deixaram os sonhos mais distantes.
Quando o Ceará se aproximou do G-4 e, por instantes, ocupou a posição, a torcida alvinegra projetou o retorno à Série A. Os resultados seguintes foram negativos e desfizeram os sonhos de uma retomada imediata. A descrença veio junto.
Agora, correto é a dupla cearense não se deixar levar pelo pessimismo. Ao Fortaleza cabe seguir na sua luta por uma vaga direta na Libertadores. Ao Ceará cabe, com a devida correção de rumo, jamais admitir que não dá mais.
Técnico
Vojvoda tem crédito. Muito crédito. Tem cometido erros. Anda fazendo algumas modificações incoerentes. Tem também suas teimosias como todo e qualquer treinador. Machuca. Machuca. Mas, em se fazendo um balanço geral, há muito mais acertos que equívocos. Merece respeito. Muito respeito, não vaias.
Contusão
Sou fã do goleiro do Ceará, Richard. Lamentei ao vê-lo chorando, após sofrer contusão. Richard é resiliente. Quando injustamente perdeu a condição de titular no Ceará, aceitou a situação. Preparou-se para voltar. Voltou. Firmou-se. Pegou o pênalti do título estadual de 2024. Torço pela sua rápida recuperação.
O melhor
Quem tem passagem mais significativa no Fortaleza, Ceni ou Vojvoda? Permitam-me usar a nomenclatura das pesquisas eleitorais: empate técnico, com pequena margem de erro para mais e para menos. Cada um a seu tempo. Um preparou o terreno. O outro realizou o plantio. O clube colhe os frutos.
Reencontro
Amanhã, às 21 horas, no Castelão, Rogério Ceni e Juan Pablo Vojvoda. Passado e presente. Dois tricolores. O Leão é o terceiro. O Bahia, sexto. O Leão sob o impacto dos resultados negativos. O Bahia no embalo de bela vitória (3 x 0) sobre o Atlético-MG na Fonte Nova. Tudo se nivela neste que é um dos maiores clássicos do Nordeste.
Preocupação
Domingo, às 18:30, no Castelão, Ceará (8º) x Vila Nova (3º). A situação do Ceará é preocupante. Duas apresentações ruins, quando das derrotas para a Chapecoense e para o Coritiba. Mais que as derrotas, preocupa o baixo rendimento da equipe nas duas partidas. Preocupa a oscilação.