A difícil missão de trabalhar em várias frentes

O Ceará está sendo obrigado a rodar o elenco para cumprir seus compromissos neste início de temporada. Hoje, o adversário é o Bolívar, pela Sul-Americana

Legenda: Bolívar e Ceará empataram sem gols no Estádio Hernando Siles, na Bolívia
Foto: Aizar Raldes/AFP

Hoje o Ceará voltará a campo para enfrentar o Bolívar. Jogo da mais alta importância. Os dois estão com seis pontos. O Ceará é líder pelo saldo de gols (um a mais). Uma maratona interminável, porquanto o Vozão ontem jogou pelo Campeonato Cearense. Tem de usar a rotatividade como meio de preservar a equipe. Houve um acordo junto ao Sindicato dos Atletas para permitir, no banco, a presença de seis atletas que atuaram ontem. Um arranjo emergencial, compreensível apenas pelas circunstâncias de momento. Assim, esses seis, se entrarem em campo, o farão antes das 66 horas regulamentares entre um jogo e outro. E assim vai o Ceará. O Bolívar, pelo que foi apresentado em La Paz, não é superior ao Ceará. Agora, sem a vantagem de jogar na altitude de 3.700 metros de La Paz, teoricamente não oferecerá a mesma resistência que apresentou no jogo de ida. Pelo menos é o que se espera. Quase ao nível do mar, os bolivianos perdem seu principal aliado: o ar rarefeito. Ao Ceará cabe separar as competições. Isolar cada jogo para a sua característica de disputa. E aplicar o que lhe parecer mais conveniente. Avançar na Sul-Americana dá prestígio e dinheiro. Apelo bem interessante para o Vozão. 

Atenção 

O atacante Armando Sadiku deu muito trabalho ao Ceará no jogo em La Paz. Ele, de cabeça, mandou uma bola na trave. Também fez outras finalizações perigosas. Sadiku tem dupla nacionalidade. Nasceu na cidade de Elbasan, na Albânia. Depois adquiriu a nacionalidade búlgara. Em 2019 atuou no Málaga da Espanha. Tem boa experiência internacional. 

Ceará na final 

Ontem, para quem não viu a vitória (0 x 3) do Ceará sobre o Ferroviário, pode haver a impressão de que o alvinegro dominou o jogo. Não foi assim. No primeiro tempo o Ferroviário esteve melhor, mais organizado. E gerou dificuldades para o Ceará. Conclusões de Richardson e Reinaldo levaram perigo à meta de João Ricardo. 

Erro da arbitragem 

Justo quando melhor era o Ferrão, Adilson Bahia marcou um gol aos 14 minutos do primeiro tempo. O auxiliar Anderson Rodrigues registrou impedimento. Adilson estava na mesma linha do zagueiro alvinegro. Portanto, gol normal. Erro grave. Prejudicado o Ferroviário. Se confirmado o gol coral, o Ceará teria de fazer dois gols. O jogo, então, poderia ter tomado um rumo bem diferente.    

Diferença 

Na fase final, o Ceará foi buscar o que lhe interessava: subiu. Deu espaços que o Ferroviário não soube aproveitar. Klaus fez Ceará 1 a 0 aos 29 na fase final. Quando o Ferrão teve de subir, revelou a fragilidade defensiva. O Ceará armou o bote exatamente com o velocista Saulo Mineiro. Este, com dois gols, fulminou as pretensões corais. Na hora do aperto o Ferrão não soube reagir. 

 

 

  



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