Cearense da seleção de handebol projeta mais uma Olimpíada: 'quero realizar esse sonho de novo'

Adriana ‘Doce’ iniciou mais um ciclo com a seleção. Primeiro título já aconteceu no último final de semana e garantiu equipe no mundial, em dezembro

Cearense raiz, daquelas que gosta de tapioca e cuscuz, Adriana Cardoso, mais conhecida como Adriana “Doce”, vem representando o estado na Seleção Brasileira de Handebol desde 2011. Apesar da identificação com a cultura local, a ponta-direita logo cedo deixou a capital, ainda aos sete anos, para acompanhar a mudança da família para Maringá, no Paraná. Por lá iniciou no handebol até despontar para a carreira na Europa.

Projeto elas

Para fortalecer a luta das mulheres, fomentar a valorização e reconhecimento de suas conquistas e, principalmente, da preservação de suas vidas, o Sistema Verdes Mares deu início, neste mês de outubro, ao "Projeto Elas", que atuará como agente transformador da realidade de várias mulheres cearenses, com o objetivo de construir um Ceará mais igualitário e seguro.

O projeto busca refletir, discutir, informar e, acima de tudo, combater essa realidade. Através de seus veículos de comunicação, o SVM vem discutindo temas como desigualdade de gênero, desafios do mercado de trabalho, empoderamento, conquistas femininas e também dará voz a relatos da vida real, dentro de uma programação que segue até dezembro.

Trajetória

O apelido, aliás veio do início na modalidade, quando a associavam com a personagem “Docinho”, das Meninas Superpoderosas. Aos 30 anos, chegou ao ápice, com a primeira participação olímpica, em Tóquio 2020. O resultado não foi exatamente o esperado, já que o Brasil ficou pela fase de grupos, muito também por ter caído justamente no grupo da morte, com grandes potências da modalidade, como Espanha e Rússia. 

O novo ciclo, inclusive, começou com título. O Brasil conquistou o Sul-Centro Americano de handebol pela terceira vez consecutiva e chegou ao 12º ouro da competição. O resultado garantiu ainda uma vaga no mundial, que será disputado em dezembro, na Espanha. O Brasil estará no grupo G, com Paraguai, Croácia e Japão. O campeonato contará com 32 seleções distribuídas em oito grupos. 

E Adriana quer mais e já reforça a intenção de fazer um bom ciclo para chegar em Paris 2024. 

Orgulho local, Adriana ‘Doce’ é exemplo de persistência no esporte, de quem, apesar de longe da terra natal, não perde a referência no estado, e sempre que pode volta para rever os seus. É esperança cearense em mais um ciclo e, quem sabe, em mais uma Olimpíada. Força para a seleção buscar melhores resultados e, finalmente, alcançar a primeira medalha olímpica na modalidade.