Brega funk é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas; saiba motivos

A história do ritmo começou nos bailes, festas realizadas nas comunidades de cidades como Recife

O gênero musical brega funk acaba de conquistar um importante status no Estado de Alagoas. O ritmo ganhou título de Patrimônio Cultural Imaterial. A medida foi tomada na lei nº 8.757, de 24 de novembro de 2022. 

"Fica declarado como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Alagoas, o gênero musical BREGA FUNK, de forma a reconhecer o trabalho dos artistas em Alagoas", diz o artigo primeiro da lei. 

Veja decreto de lei:

O decreto foi assinado por José Wanderley Neto, vice-governador, no exercício do cargo de Governado do Estado. 

Justificativa para transformar o brega funk em patrimônio Imaterial

No documento de justificativa apresentada por deputados para declarar o brega funk como Patrimônio Cultural Imaterial, os parlamentares pontuam que o gênero foi importante durante o enfrentamento do isolamento social causado pela pandemia da Covid-19.

"Esse tipo de arte tem desempenhado um papel importante para enfrentar o isolamento social com menos exaustão e mudanças de humor, comuns em situações difíceis", além de reconhecer o trabalho dos artistas do brega funk de Alagoas — diz texto de justificativa de parlamentares. 

O que é o brega funk?

O gênero musical brega funk nasceu no Nordeste, mais especificamente em Pernambuco. A história do ritmo começou nos bailes, festas realizadas nas comunidades de Recife e de outras cidades do Nordeste, que contavam com concursos e shows de MCs locais.

Como pode ser percebido, o brega funk une as letras de funk com as batidas e sonoridade do eletrobrega. No estilo, a sofrência do estilo brega foi deixada de lado para dar lugar às letras mais ousadas do funk.

A união desses gêneros criou um ritmo animado e dançante. O sucesso do brega funk também se deve as coreografias, com passos misturados, derivados do funk, axé e até frevo.