Finalizada a eleição municipal, os olhos se voltam, agora, para a semana decisiva que vai definir o futuro do comando do Legislativo estadual. A presidência da Assembleia Legislativa é um posto estratégico.
A escolha do novo comandante do parlamento estadual passa por uma articulação partidária que envolve, sobretudo, a capacidade de administrar as prioridades dos aliados. As tratativas de bastidores trabalham para evitar insatisfações em quem está na fila para se tornar presidente da AL.É bom lembrar que os dois últimos prefeitos de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT) e Sarto Nogueira (PDT), recém-eleito, saíram da presidência da Casa para a disputa municipal.
Acordos
Após um fim de semana de intensas negociações, entre os deputados, a expectativa é de que hoje sejam anunciados os nomes da futura Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. A divulgação deve ser feita em coletiva à imprensa. Nos bastidores, alguns nomes já são dados como certos, como é o caso de Evandro Leitão (PDT), que presidirá a Casa.
A coletiva também revelará como ficará a acomodação dos deputados Zezinho Albuquerque, Sérgio Aguiar e Tin Gomes, três nomes que lideraram frentes em busca do cargo, mas acabaram preteridos. Antônio Granja (PDT), também cotado, deverá ficar como primeiro-secretário.
Diálogo
O Poder Executivo vai precisar dialogar com o Poder Legislativo nesse fim de ano não apenas para a escolha dos novos presidentes da Assembleia Legislativa e das câmaras municipais. Antes do recesso parlamentar, é obrigatória a votação e aprovação do orçamento do próximo ano.
O assunto precisa ser tratado com cuidado e planejamento rigoroso entre os atores, já que 2021 será um ano em que os gestores públicos ainda precisarão administrar as consequências de uma pandemia que atingiu não apenas o setor da saúde, mas a renda dos cearenses.
Equilíbrio econômico
Estará em pauta da sessão da Câmara dos Deputados de hoje, Projeto de Lei Complementar, de autoria dos deputados cearenses Mauro Filho e André Figueiredo, ambos do PDT, para tentar diminuir os impactos da pandemia de Covid-19 sobre as contas públicas.
Os parlamentares propõem a utilização de recursos de 29 fundos públicos que integram a Conta Única do Tesouro Nacional para suprir, pelo menos em parte, a queda de arrecadação do Governo Federal em 2020. A intenção, além disso, é diminuir o endividamento do País após os gastos emergenciais necessários durante a calamidade pública enfrentada pelo mundo nesse ano.
*Equipe de Política redigiu a coluna.