O que parece ter sido um erro de votação durante a discussão da reforma tributária na Câmara dos Deputados causou constrangimento aos parlamentares cearenses, especialmente ao ex-presidente do Senado e atual deputado federal Eunício Oliveira (MDB).
No final do debate da votação em segundo turno, foi inserido na pauta um destaque que prorrogaria até 2032 a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para montadoras de automóveis nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Para ser aprovada, a a importante medida necessitaria de 308 votos favoráveis, mas obteve apenas 307 votos, ou seja, foi rejeitada por apenas um voto de diferença.
Eunício foi o único dos 22 deputados cearenses a votar contra a incorporação do texto à reforma.
Segundo o parlamentar, em nota, seu voto contrário foi um equívoco.
"Lamentavelmente, durante a apreciação, feita de forma remota, de um destaque que prorrogaria até dezembro de 2032 os benefícios fiscais para empresas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, votei errado."
De acordo com o comunicado, "a orientação, como sempre, partiu da Liderança (da base governista). Ao ser constatado o equívoco, após alguns minutos, uma nova orientação foi enviada. Infelizmente, não era mais possível corrigir o erro na Câmara", continuou.
Eunício afirmou que tentará garantir que o Senado retome a discussão do assunto. O destaque, importante para o Nordeste, ficou fora do texto da reforma. E, convenhamos, não é aceitável que um parlamentar não esteja suficientemente atento à principal votação do ano em plenário ao ponto de votar de maneira equivocada, independentemente da orientação das lideranças.