A briga interna no PDT do Ceará está aumentando as especulações entre os parlamentares da legenda sobre o desfecho do caso e até mesmo o destino dos aliados de Cid Gomes após saída do PDT. A desfiliação é dada como certa pela maioria, embora ainda haja cautela quanto a preservação dos mandatos.
Na Assembleia Legislativa, o clima é de apreensão. Em junho deste ano, antes do acordo então firmado entre Cid e André Figueiredo, uma das estratégias guardadas na gaveta do grupo ligado a André seria uma mudança radical nos postos de comando da legenda no Legislativo Estadual.
A direção estadual iria modificar a liderança do partido, atualmente entregue a Guilherme Landim, e depois promover mudanças na composição das comissões temáticas da Assembleia, capazes de dar dor de cabeça ao presidente Evandro Leitão e ao governador Elmano de Freitas (PT).
Um dos alvos seria a mais importante delas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Com uma mudança, o governo poderia até perder maioria no colegiado.
Essas especulações voltam ao debate neste momento com a destituição do diretório regional do partido por André Figueiredo.
Na justiça
Na última sexta-feira, este grupo de deputados e o senador Cid Gomes recorreram à Justiça e aguardam julgamento de um pedido de liminar que pede a anulação da decisão de tornar a direção estadual inativa e pedido de liminar para proibir que o Diretório Nacional promova mudanças no diretório estadual até o fim do prazo aprovado pela própria nacional no ano passado.
Entre os destinos mais citados por parlamentares em caso de saída do PDT estão o Podemos e o PSB. Os deputados, entretanto, ainda estão cautelosos por conta da justificativa de desfiliação para não correrem riscos de perderem o mandato.