Concurso do TRE-CE fará parte do edital unificado da Justiça Eleitoral; veja cargos e vantagens

O certame, previsto para 2023, trará as vagas tanto para o TSE quanto para os TREs que aderirem ao certame

O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (CE) informou que há a previsão de um concurso público para preencher os quadros vagos do órgão em 2023. O anúncio foi oficializado após o órgão aderir à seleção unificada a ser realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que selecionará a banca o processo seletivo de abrangência nacional.

Havia uma expectativa para a realização do concurso para preencher as vagas no Estado ainda em 2022. Contudo, não houve previsão orçamentária para um certame neste ano. 

Segundo o TRE-CE,  a Secretaria de Planejamento, Orçamento, Finanças e Contabilidade (SOF) do TSE vedou a inclusão dos concursos públicos nos orçamentos de 2022 dos tribunais de todo o País, em consequência da restrição de despesas continuadas "tendo em vista o cenário de implemento do Novo Regime Fiscal".

Cargos vagos no TRE-CE

  • Analista Judiciário – área judiciária: 1 cargo
  • Analista Judiciário – área administrativa: 1 cargo
  • Técnico Judiciário – área administrativa: 5 cargos
  • Técnico   Judiciário   –   área   administrativa   –   especialidade segurança: 1 cargo
  • Técnico Judiciário – área apoio especializado – especialidade programação de sistemas: 1 cargo
  • Técnico Judiciário – área apoio especializado – especialidade operação de computadores: 1 cargo

Ao todo, são duas vagas de analista e oito de técnicos, conforme levantamento do órgão no último dia 5 de maio. Entretanto, ao transferir a seleção para o TSE, os cargos do Ceará deverão compor a seleção para todo o Brasil.

Como será o concurso unificado

O concurso unificado é uma iniciativa do TSE, que sondou os tribunais regionais de todo o País para saber quais têm interesse em participar do processo seletivo. A partir disso, o Tribunal Superior Eleitoral, detentor do orçamento, escolhe a banca organizadora e faz a previsão de nomeações. 

O edital unificado trará as vagas tanto para o TSE quanto para os TREs que aderirem. O concurso deverá seguir a dinâmica das provas para outros certames de órgãos federais, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e INSS, nos quais os candidatos de submetem a uma única prova em todo o País.

Vantagens e desvantagens

A maior vantagem de uma única seleção para a Justiça Eleitoral é justamente a junção das vagas em todo o País. Segundo o professor de concursos Fabiano Pereira, "poderá ocorrer uma diminuição considerável na nota de corte de alguns Estados, uma vez que os candidatos superpreparados estarão focados em seus respectivos TREs".

A desvantagem é que não haverá a possibilidade de um candidato tentar aprovação em diferentes TREs. Ou seja, só existe uma chance de aprovação.

Em suas redes sociais, Pereira disse acreditar que "possivelmente todos os TRE’s irão aderir ao concurso unificado do TSE, tendo em vista que os custos dessa unificação ficarão a cargo do próprio TSE, gerando grandes economias para os TRE’s que aderirem ao concurso".