Uma semana com super quarta-feira de novos juros no Brasil e nos EUA

Copom deverá reduzir em mais meio ponto percentual a taxa Selic; nos EUA, expectativa é de que os juros subirão ou serão mantidos. Hoje, sai o IGP-M de outubro.

Hoje é o penúltimo dia do antepenúltimo mês do ano. Outubro terminará amanhã com um rastro de más notícias para a economia do Brasil e do mundo. A pior dessas notícias foi a explosão da guerra em Israel, que provocou e segue provocando consequências na economia do mundo.
 
Mas, depois de amanhã, será novembro, e logo no dia primeiro desse mês haverá a super quarta-feira: aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidirá sobre novo corte da taxa básica de juros Selic, que, segundo 10 de cada 10 economistas, será reduzida em mais meio ponto percentual.
 
Ela hoje está, desde o dia 20 de setembro, no patamar de 12,75%, devendo cair para 12,25%.

Hoje, será divulgado o Índice Geral de Preços do Mercado – o IGP-M. A previsão é de que ele se reduza de menos 6% em setembro passado para menos 4% neste mês de outubro.

Hoje, ainda, o Banco Central publica informações e números sobre a política fiscal. Também serão conhecidos os novos números do mercado de trabalho por meio da divulgação do Caged.

A expectativa é de que tenham sido criados cerca de 250 mil novos postos de trabalho. 
 
Na mesma quarta-feira, o FOMC, correspondente norte-americano do Copom brasileiro, também decidirá sobre a taxa diretora dos juros da economia dos Estados Unidos, e as apostas indicam uma alternativa: novo aumento dessa taxa ou sua manutenção.

Aqui no Brasil, a semana será curta por causa do feriado do Dia de Finados, na quinta-feira, 2 de novembro. Na quarta-feira, será conhecido o resultado da balança comercial de outubro, que deverá apresentar um superávit superior a US$ 9 bilhões.

Na área política, continuarão os debates em torno do que disse o presidente Lula na semana passada sobre a meta do Arcabouço Fiscal para 2024. Lula afirmou que é difícil zerar o déficit do orçamento do próximo ano, como prometeu o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, esmo constrangido, mantém seu discurso.

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a LDO, deputado cearense Danilo Forte, vem há três meses batendo na mesma tecla de que será impossível alcançar o equilíbrio fiscal em 2024. Por uma razão simples: o governo terá de obter uma receita extra de R$ 168 bilhões, algo inalcançável tendo em vista a tradicional política de concessão de incentivos e isenções tributárias.
 
Para piorar o cenário, o governo não emite o mínimo sinal de redução de suas despesas, que só aumentam. Exemplo dessa gastança é o anunciado desejo do presidente Lula de comprar um avião novo – um Airbus A-330 – capaz de voar longas distâncias sem escalas.