O comércio varejista reinventa-se na covid

Manter a produção agrícola e industrial e transportá-la diariamente para as redes de distribuição e comercialização - os supermercados - foi o maior desafio no primeiro momento da pandemia da Covid-19, no Brasil - o Ceará no meio. E tudo funcionou a contento. Se no campo a produção não sofreu solução de continuidade, na cidade as lojas do varejo de alimentos tiveram de, também, cumprir algo inédito na sua rotina - o rígido protocolo imposto pelas autoridades sanitárias para garantir o distanciamento dos clientes e de seus funcionários, evitando a propagação da doença. E tudo operou com sucesso nesse setor do comércio varejista, que registrou nenhum óbito entre seu conjunto de colaboradores. Os empregados que contraíram a doença cuidaram-se em casa e, curados, retornaram ao trabalho nas lojas. "Passamos no teste inicial e, em seguida, redobramos os cuidados, o que resultou no que temos hoje, o funcionamento dos supermercados dentro da completa normalidade", como diz à coluna o empresário Honório Pinheiro, sócio majoritário da rede Supermercado Pinheiro. Na sua opinião, "a pandemia tem sido um aprendizado que nos ensina, diariamente, a aprimorar o que já é bom, o relacionamento com nossos clientes, e esta é igualmente a opinião dos meus colegas do varejo", comenta ele. Honório Pinheiro lembra que, por causa do isolamento social, mantém-se em casa com a família. "Só saio de casa para tratar de alguma coisa que exige minha presença física. Uso o bom senso, obedeço ao protocolo da Secretaria da Saúde e assim vou me acostumando ao novo normal", confessa. E a economia? "Sigo torcendo para que o Congresso Nacional aprove logo as reformas tributária e administrativa, que são indispensáveis para o ajuste das contas públicas. Mas não é nem será fácil. A reforma tributária mexe com o Pacto Federativo, e isto exige, na democracia, engenho e arte da política e dos políticos. Mas sou otimista e acho que 2021 trará agradáveis surpresas", analisa Pinheiro. Deus o ouça!

Ensinamentos

Da mensagem natalina que João Carlos Paes Mendonça, controlador do Grupo JCPM, enviou aos seus amigos cearenses: "Que 2021 traga ainda mais ensinamentos para todos nós".

UFIRCE

Boa providência tomou o governador Camilo Santana ao encaminhar ontem ao Poder Legislativo projeto de lei estabelecendo que a Unidade Fiscal de Referência do Estado do Ceará (Ufirce) será reajustada pelo IPCA, índice oficial da inflação, e não pelo IGP-DI, como aconteceu no ano passado. Se o reajuste se repetisse com base no mesmo índice, a Ufirce aumentaria 24%. A Federação das Indústrias do Ceará, por meio do seu presidente Ricardo Cavalcante, fez um apelo ao governador, que, sensível à reivindicação, a atendeu. Falta, agora, o pronunciamento do Parlamento estadual, que deverá aprovar a proposta ainda nesta terça-feira ou amanhã.

Mestrado

Foram abertas ontem, 21, as inscrições para o processo seletivo do Mestrado em Direito do Centro Universitário Christus (Unichristus). Há um detalhe importante: membros, servidores e familiares do MPCE têm 15% de desconto sobre o valor das mensalidades, garantido por meio do convênio celebrado pelo Unichristus com a Escola Superior do Ministério Público (ESMP). As inscrições seguem até o dia 5 de fevereiro de 2020 e devem ser feitas pelo site www.Unichristus.Edu.Br.

Na opinião de Maia Jr

O presidente da CIPP S/A, Danilo Serpa, teve decisiva participação na elaboração do Master Plan e do Business Plan da empresa, que darão à companhia mais poder para atrair novos investimentos para o Complexo do Pecém, que, com o sócio Porto de Roterdã, "viverá melhores tempos a partir de agora".

Outra vez, Bolsonaro falou o que não deveria ter falado. Ele disse ontem que "a pandemia está no fim", o que não é verdade. Há na Europa uma nova cepa da Covid, 70% mais potente do que a atual. A boa notícia é que as vacinas que começam a ser usadas são eficientes também contra a nova cepa. A pandemia prossegue.