Empresas públicas estaduais de saneamento entraram na Justiça com uma ação para impedir que se cumpra o novo marco legal do saneamento.
Na prática, a tradução desta notícia é a seguinte: mais uma vez, o corporativismo que domina a estrutura administrativa do país entra em cena para defender seus interesses, que não são os interesses do público, isto é, do contribuinte que, com seus impostos, sustenta os direitos e absurdos adquiridos, ao longo dos últimos 50 anos, por uma fração privilegiada da população.
Com raras exceções, raríssimas, as companhias estaduais de saneamento ou são deficitárias ou, mesmo superavitárias, não têm condição – leia-se dinheiro – para investir na ampliação de suas redes de esgotamento sanitário e de distribuição de água potável.
A Cagece, que é uma empresa organizada, padece também dessa carência de recursos para alargar seus investimentos. A rede de esgotos de Fortaleza só atende a um terço da geografia da cidade.
Nos bairros de Bom Jardim, Siqueira e vários outros, por exemplo, a população só conhece a fossa séptica como destino final do seu esgoto doméstico.
Imagine a qualidade da água do subsolo da periferia de Fortaleza – e de todas as demais capitais brasileiras, principalmente as nortistas e nordestinas.
É desse subsolo que uma boa parte dos seus habitantes capta o líquido para as suas necessidades primárias.
Sem a participação da iniciativa privada, o saneamento básico no Brasil seguirá sendo o que é nas áreas pobres das cidades, as mais densamente povoadas: inexistente, precário, fonte de doenças e de exposição permanente da incompetência do poder público.
Para revolta das estatais do saneamento e de seu público interno, a nova legislação, contra a qual elas recorrem, proíbe, por exemplo, a celebração de novos contratos, sem licitação, com prefeituras municipais.
É aí que há a fumaça denunciadora do incêndio.
SINDQUÍMICA NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Hoje, 5 de junho, celebra-se o Dia do Mundial do Meio Ambiente.
Neste dia, na região do Cariri, no Sul do Ceará, o empresário Assis Saraiva e sua empresa Sabão Juá realizam, desde 2016, uma campanha de coleta de óleo de frituras que é reutilizado na produção de sabão em barra.
O produto financeiro da campanha subsidia instituições caririenses que executam trabalhos sociais e ambientais.
A Eco Juá já recolheu 150 mil litros de óleo, o que rendeu mais de R$ 200 mil doados a entidades assistenciais apoiadas pela iniciativa.
Pesquisas já revelaram que um litro de óleo de fritura pode contaminar até 5 mil litros de água.
Fundador e principal sócio da empresa Produtos de Limpeza Juá e, ainda, diretor setorial do Sindquímica-Ceará, o empresário Assis Saraiva explica que, com esse projeto, “trabalhamos o lado ambiental, o lado social e o lado educacional da população, uma vez que ele tem tido uma aceitação muito boa nas escolas. Muitas instituições de ensino nos procuram para dar palestras, abordando o tema, e também para levar essa conscientização para as crianças que, muitas vezes, são os vetores da educação ambiental na família”.
Outra iniciativa ligada ao Sindquímica-Ceará é o compromisso assumido pela entidade e pelas empresas que se instalam no Polo Industrial Químico de Guaiúba, que está sendo concebido segundo o conceito de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG na sigla em inglês).
O Polo Químico de Guaiúba utilizará energias renováveis e terá, também, tratamento de efluentes líquidos e de esgoto sanitário, coleta seletiva dos resíduos sólidos, monitoramento dos efluentes gasosos e a reutilização da água potável.
OFICIAIS DE JUSTIÇA PEDEM CONCURSO
Oficiais de Justiça do Ceará iniciaram uma campanha pela realização, já, de concurso público para o preenchimento de pelo menos 68 vagas abertas e não repostas nos últimos 15 anos.
“A Justiça deve existir para todos, inclusive para os Oficiais de Justiça” diz o mote da campanha, que utiliza várias mídias.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça lembra que, no mês de março, a produtividade da Justiça cearense, segundo proclamou e celebrou o próprio Tribunal de Justiça, foi a maior dos últimos cinco anos.
“Mas de nada adianta ter sentenças prolatadas, se não há quem as faça cumprir”, adverte a entidade em nota transmitida ontem à tarde a esta coluna.
O Oficial de Justiça é o profissional concursado que materializa as decisões judiciais.
MAIS E BOAS PREVISÕES PARA A ECONOMIA
Ontem, a Asa Investments encaminhou a esta coluna um breve comentário – assinado pelos economistas Carlos Kawall, Gustavo Ribeiro, Débora Nogueira, Leonardo Costa e Gabriel Braga – sobre a performance da economia brasileira ao longo deste, com algumas previsões.
“Revisamos nossa previsão do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, que mede a inflação oficial), que subiu de 5,4% para 5,9% neste ano e de 3,6% neste 2021 para 3,8% em 2022.
“Com isto, mantivemos nossa expectativa de que a taxa Selic deve ser levada a 6,5% ao fim deste ano, e acreditamos que o Banco Central não deverá mais sinalizar a possibilidade de ‘ajuste parcial’ nos juros em sua próxima reunião”.
DONA DO SORVETE PARDAL FALARÁ NA CDL JOVEM
Joselma Oliveira, fundadora da Pardal Sorvetes, contará sua história e a de sua empresa na próxima terça-feira, 8.
Será às 12 horas, no restaurante Carbone, nos jardins do edifício BS Design, na Avenida Desembargador Moreira.
Pardal Sorvetes é realmente mais um “case” de sucesso do empreendedor cearense.
EDP QUER SER TODA VERDE ATÉ 2030
Controlada por capitais português, a EDP – com grandes negócios no Brasil, incluindo o Ceará, onde é dona de uma Usina Termelétrica a carvão mineral no Complexo do Pecém - acaba de anunciar, em nível global, um novo posicionamento que reflete sua missão de liderar a transição energética.
Depois de ter apresentado em fevereiro um ambicioso plano estratégico, antecipando em duas décadas a meta de ser 100% verde, o grupo EDP inicia uma nova narrativa de marca com o lema Changing Tomorrow Now – Mudando hoje o amanhã”, utilizada pela primeira vez de maneira simultânea nos mais de 20 países onde está presente.
A campanha pretende reforçar o compromisso com a descarbonização do planeta, um objetivo que será cumprido através de um investimento acelerado em energias renováveis, redes inteligentes e soluções sustentáveis para os clientes e de um apoio contínuo à sociedade.
Com a mensagem “a EDP está usando força do vento, do sol e da água para ser 100% verde até 2030 e apoiar aqueles que estão mudando hoje o amanhã”, a empresa dá resposta a um planeta que precisa de uma nova energia.
Este posicionamento inclui o compromisso sem precedentes de investir 24 bilhões de euros na transição energética, nos próximos quatro anos, e a ampliação do carácter social e inclusivo da EDP, reforçando os compromissos ESG (Environmental, Social, Governance) definidos pela administração da empresa.
UM FUTEBOL ESCANDALOSO E POLITIZADO
Mais um escândalo para agitar a já agitada vida dos brasileiros: o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, acusado de assédio moral e sexual pela principal secretária da entidade.
Os patrocinadores da Seleção Brasileira, dos quais vem a principal fonte de receita da CBF, ameaçam romper contratos se alguma providência não for tomada para superar o caso, que só será resolvido com o imediato afastamento de caboclo.
A isso soma-se a decisão dos jogadores e do treinador da Seleção de – a ser anunciada após o jogo da próxima terça-feira, em Assunção, contra o Paraguai - não participarem da Copa América, mas esta será uma atitude de caráter político, porque a competição recebeu o apoio do governo brasileiro, irritando a oposição e seus porta-vozes.
A pandemia da Covid-19 e a política – e agora o futebol – estão politizados no Brasil.
BOLSA QUEBRA RECORDE E CHEGA A 130 MIL PONTOS
Ontem, a Bolsa de Valores bateu seu recorde histórico: passou dos 130 mil pontos.
Os investidores estão vendo o reaquecimento da economia, e apostam nela.
E o dólar? A moeda norte-americana despencou e fechou cotada a R$ 5,03.
Inexplicavelmente, a chamada grande mídia não deu ao evento o destaque que o fato merece.
Para ajudar a oposição, agrava-se a crise hídrica.
O próprio Operador Nacional do Sistema (ONS) já admite que, em novembro, algumas hidrelétricas poderão eixar de gerar energia pelo baixo volume das barragens.
Já se fala em racionamento no Ministério de Minas e Energia, que prepara um plano a respeito do funcionamento das indústrias.