Maracanaú: No lugar da Danone, um Consórcio de Lacticínios

Ideia do presidente do Sindlaticínios, José Antunes Mota, e do prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, é, primeiro, instalar um Centro de Distribuição; depois, uma unidade industrial consorciada

No galpão industrial onde funcionou a multinacional francesa Danone, em Maracanaú, poderá vir a operar, nas próximas semanas, um consórcio de pequenas empresas cearenses de lacticínios, que teriam lá uma espécie de Central de Distribuição.

Para tratar do assunto, reuniram-se, quarta-feira, 15, o presidente do Sindicato da Indústria de Lacticínios (Sindlaticínios), José Antunes Mota, e o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, que prometeu “tudo o que for possível, inclusive os incentivos fiscais que eram concedidos à Danone, para a viabilização da ideia, que é excelente”.

Antunes adiantou à coluna que o Sindlaticínios procurará agora o apoio do presidente da Federação das Indústrias (Fiec), Ricardo Cavalcante, e do presidente da Federação da Agricultura (Faec), Amílcar Silveira, que também veem com simpatia o projeto.

O presidente do Sindlaticinios explicou que o objetivo é juntar um grupo de produtores de lácteos, quase todos de pequeno porte, que usarão as antigas instalações da Danone, “as quais, naturalmente, serão reformadas e modernizadas, ganhando câmaras frigoríficas para o armazenamento dos produtos e, ainda, áreas para a sua exposição e comercialização”.

O Sindlaticínios está contratando uma consultoria especializada para identificar o melhor aproveitamento do galpão onde operou a Danone. Numa primeira e imediata fase, seria instalado o Centro de Distribuição dos pequenos laticínios; na etapa seguinte, conforme a orientação da consultoria, poderiam ser instalados equipamentos que permitiriam o aproveitamento industrial do espaço – de modo consorciado, opção que também recebeu a aprovação do prefeito de Maracanaú. 

 Na conversa com o José Antunes Mota, o prefeito Roberto Pessoa não escondeu sua decepção “com os que permitiram a saída da Danone do Ceará, pois era uma empresa que empregava muita gente e incentivava a pecuária do estado”.

PROSSEGUE A DESESTATIZAÇÃO

Em 2018, o Governo da União era dono de 208 empresas estatais.
 
Agora, quatro anos depois, o número dessas empresas caiu para 133, já excluídas a Eletrobras e suas subsidiárias, como a Chesf, segundo informa o ministério da Economia. 

O estado brasileiro, aos poucos, vai diminuindo sua participação na economia, que, porém, ainda é muito grande.