Indústria do Ceará cresce mais do que a nacional no 3º trimestre

Segundo o IBGE, no acumulado deste 2024, o setor industrial cearense registra crescimento de 8,7%, puxado pelo setores de metal e têxteis

É para comemorar! A Produção Física de Transformação Industrial do Ceará (PIM) no último mês de setembro alcançou um crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado de 2023, segundo informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pela voz do seu próprio presidente Márcio Pochmann.

No acumulado de 2024, a indústria cearense registra relevante incremento de 8,7%, bem superior ao índice da indústria nacional, que ficou em 3,3%. Esse desempenho situa o Ceará na terceira posição de terceiro estado com maor crescimento na produção industrial neste ano.

Há mais a destacar: entre todas as unidades da Federação, o Ceará apresentou o maior crescimento na produção industrial no acumulado do terceiro trimestre deste ano (julho-agosto-setembro), resultado maior do que a expansão nacional do setor, que foi de 4,5% no período.

O presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, não esconde sua alegria ao afirmar que, além de investir na modernização e, principalmente, na inovação tecnológica de suas fábricas, a indústria cearense tem conquistado novos mercados por causa da alta qualidade do que produz, do que são prova a indústria de massas e biscoitos, a de siderurgia, a têxtil e a de confecções.

Ricardo Cavalcante tem razão. De acordo com o PIM do IBGE, desde setembro de 2023, o Ceará tem apresentado um crescimento significativo na produção industrial, em linha com um aquecimento do mercado de trabalho e no saldo das operações de crédito no estado. Esse cenário é corroborado pelo resultado positivo da produção física no acumulado em 12 meses, com taxa de variação de 7,3% - maior resultado desde o período de recuperação pós-pandemia (nov/2021).

No acumulado do ano, os segmentos da produção física que mais cresceram foram Produtos de Metal (30,7%), além do eixo da moda - nominalmente: Têxtil (25,4%), Couro e Calçados (25,2%) e Confecção (24,9%) . No mês de setembro, o destaque foi a consistência no crescimento do setor Têxtil (54,9%), com evidência na produção de fios e tecidos de algodão e malha sintética.

O segmento de Metalurgia mantém um cenário positivo no acumulado do ano (7,6%), apesar da queda no mês de setembro (-14,9%).

Mas o documento do IBGE salienta, como se prevendo o que aconteceria na quiarta-feira, 6, quando o Copom do Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic de 10,75% para 11,125%. Diz o PIM do IBGE:

“As expectativas são de um crescimento mais moderado em outubro, devido tanto a um aumento na base de comparação relativa ao ano anterior, quanto a um possível desincentivo no ambiente de negócios, tendo em vista o novo crescimento na taxa de juros nominal (Selic)”