Fiec Summit: Duna Uribe acha importante chegada da Arcelor Mittal

Diretora Comercial do Complexo do Pecém entusiasma-se com a possibilidade de a nova dona da CSP investir na produção de Hidrogênio Verde.

Diretora Comercial da Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S/A), que administra o Porto do Pecém e a ZPE do Ceará, Duna Uribe revelou ontem que a chegada da multinacional Arcelor Mittal, nova dona da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), dará importância relevante ao Hub cearense do hidrogênio verde.

Uribe representa, na diretoria da CIPP S/A, o sócio Porto de Roterdã, que tem 30% do capital da empresa de economia mista, cujo sócio majoritáro é o governo do Estado do Ceará, com 70%.

Falando no Fiec Summit – evento promovido pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) para debater sobre o Hidrogênio Verde – Duna Uribe salientou que a Arcelor Mittal já manifestou, em nota oficial, sua intenção de investir na produção do H2V, com o que pretende substituir a fonte energética de sua usina siderúrgica do Pecém, que hoje é movida a carvão mineral. 

Na nota, por meio da qual a Arcelor Mittal comunicou ao mercado a aquisição da CSP, também sinalizou sobre a possibilidade de investir em energias renováveis.

Duna Uribe disse que o Hub do H2V do Pecém terá capacidade de eletrólise de 8 GW (gigawatts) e que a produção estimada de Hidrogênio Verde é de 1,3 milhão de toneladas/ano. As empresas que produzirão Hidrogênio Verde no Pecem ocuparão uma área de 500 hectares localizadas dentro da geografia da Zona de Processamento para Exportação (ZPE). 

Ela também disse aos investidores presentes ao Fiec Summit que a oferece segurança jurídica aos seus clientes, que gozam de benefícios fiscais válidos por 20 anos, podendo ser renovados por mais 20.

Revelou, ainda, que está em plena execução o projeto piloto da EDP Brasil, empresa de capitais portugueses, que prevê, a partir do próximo ano de 2023, a produção de Hidrogênio Verde em pequena escala. 

O objetivo da EDP com desse projeto é, observada a sua viabilidade técnica e econômica, amplia-lo para uma escala maior com o objetivo de trocar o carvão mineral, que hoje move sua Usina Termelétrica Pecém 1, pelo H2V.

Concluindo sua fala, Duna Uribe disse que o Complexo do Pecém é uma zona especial que dispõe de um modelo alfandegário diferenciado para a ZPE, uma área portuária que opera um terminal de uso privado, com um píer exclusivo para a movimentação do H2V, e uma área industrial, na qual já se instalaram e estão em plena operação várias grandes indústrias, incluindo uma grande fábrica de pás eólicas e duas de cimento, além da usina siderúrgica.