Na tarde desta quinta-feira, 20, o Ceará e sua engenharia perderam um dos seus grandes expoentes – o engenheiro Cássio Borges, que durante toda a sua carreira profissional integrou os quadros técnicos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
Pai do jornalista Marcos André Borges, o doutor Cássio Borges graduou-se em 1960 pela Escola Politécnica de Pernambuco. Em 1962, especializou-se em recursos hídricos pela Escola Nacional de Engenharia do Rio de Janeiro e pela Pontifícia Universidade Católica (PUC)do Rio de Janeiro, em 1965.
Ao longo de sua carreira, escreveu vários livros técnicos, um dos quais abordou a construção do açude Castanhão, contra cujo projeto se rebelou desde o início sob o argumento de que, em vez de único grande reservatório, o Vale do Jaguaribe deveria ter, além do Orós, algumas outras represas de menor capacidade e de menos custo, mas com objetivos semelhantes, de garantir o abastecimento de água às populações das cidades, a dessedentação animal e as atividades econômicas.
Cearense de Sobral, ele recebeu várias homenagens por sua atuação em defesa do Dnocs, uma das quais, em novembro de 2013, foi prestada pela Câmara Municipal de Vereadores, cujos vereadores lhe outorgaram o título de Cidadão de Fortaleza.