Ontem, a Bolsa de Valores brasileira B3 fechou em queda de 0,87%, aos 108.737 pontos. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,20, com alta de 0,83%.
O volume de negócios na Bolsa foi de apenas R$ 10,6 bilhões, ou seja, muito pequeno para a média diária de mais de R$ 30 bilhões. Essa baixa movimentação deveu-se ao feriado natalino nos Estados Unidos e na Europa, onde o mercado financeiro não funcionou.
Contribuíram, também, para a queda da Bolsa B3 as notícias procedentes de Brasília, segundo as quais o ministério do Planejamento, que tem relevância para a economia, poderá ser ocupado pela senadora Simone Tebet, do MDB, em fim de mandato, ou pelo senador Reginaldo Lopes, do PT, ou pelo ex-governador de Alagoas, Renan Filho, cujo pai é o senador Renan Calheiros, estrela de primeira grandeza do MDB.
Mas também é cotado o especialista em contas públicas Felipe Salto. Há chance de ser divulgado nesta terça-feira o nome de quem ocupará a pasta.
Simone Tebet poderá aceitar o Planejamento, se tiver o controle e a gestão dos bancos públicos – Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
Mas o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o próprio presidente eleito Lula são contra e já decidiram que os bancos públicos permanecerão sob gestão do Ministério da Fazenda.
Ontem, à noite, divulgou-se que o economista André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, que havia sido sondado pelo presidente eleito Lula para oPlanejamento, recusou o convite.
Também foi divulgado que Renan Filho poderá ser indicado para o futuro Ministério dos Transportes, que será recriado. Trata-se de uma pasta que tem um dos mais gordos orçamentos da República e sempre foi um dos preferidos do MDB, desde quando a sigla do partido era PMDB.
Ainda ontem, cedo da manhã, foi divulgado o Boletim Focus, do Banco Central, segundo o qual o PIB brasileiro deste ano de 2022 fechará em 3,04%, bem maior do que o previsto no início do ano, algo como 0,5%.
O mesmo Boletim Focus prevê que o IPCA, ou seja, a inflação oficial do país, fechará 2022 em 5,64%, e que o dólar encerrará este exercício cotado a R$ 5,25.