BNB tem R$ 800 milhões só para o agro do Ceará em 2022

O superintendente do BNB no Ceará, Lívio Barreto, informa que em meados deste ano estará pronta uma estrutura especial para o atendimento exclusivo do agronegócio nordestino. E mais: 1ª indústria do Polo Químico de Guaiúba será inaugurada

Uma boa notícia para as empresas do agronegócio do Ceará: neste ano de 2021, o Banco do Nordeste (BNB) dispõe R$ 800 milhões reservados somente para o financiamento de projetos do setor agropecuário cearense. 

Esses recursos são do FNE – Fundo Constitucional do Nordeste, administrado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e operado pelo BNB. 

Lívio Barreto, superintendente do banco no Ceará, deixou alegres, ontem, um grupo de 20 empresários da indústria e da agropecuária, com os quais se reuniu para transmitir o que chamou de “um rol de boas novas”. 

Para começar, ele ratificou o que o novo presidente da instituição, José Gomes da Costa, prometeu no dia de sua posse, há dois meses: a criação de uma Superintendência do Agronegócio, que, no Ceará, terá uma agência exclusivamente dedicada ao financiamento das empresas agropecuárias e agroindustriais, com pessoal técnico especializado já em processo de qualificação e treinamento. 

Barreto reconheceu que o BNB vinha pecando por não conceder ao agronegócio da região nordestina a importância que ele tem, mas isso será corrigido até meados deste ano, quando deverá ser implantada e entrar em operação toda a estrutura de pessoal e de tecnologia digital que já está sendo instalada para atender às demandas do setor.

Mas Lívio Barreto não ouviu só aplausos durante a sua conversa com os empresários do agro cearense. O sócio e diretor de uma das maiores empresas da agricultura nordestina disse que, para centenas de pequenos produtores do Ceará e de estados vizinhos, “o BNB é persona non grata pela maneira com a qual os tratou até agora”. 

E criticou o que considerou ser “um monopólio do FNE”, referindo-se à exclusividade que o banco tem na operação do FNE. 

“A retórica do BNB é muito boa, mas sua realidade é lamentável”, disse o empresário, sendo secundado por outro, do mesmo setor, que reclamou da excessiva burocracia do banco, elogiando a Caixa Econômica, que está ganhando espaço no Nordeste “simplesmente porque acabou a burocracia e passou a tratar o produtor rural com todas as honras que ele merece”.
  
O superintendente Lívio Barreto discordou em relação ao FNE, dizendo que os bancos privados podem ser mais ágeis, mas impõem juros e taxas maiores. 

Ele repetiu o discurso de que, para pôr termo a todas essas antigas reclamações, a nova gestão do BNB está dispensando atenção especial ao agronegócio nordestino. 

“Vamos oferecer um serviço ampliado e melhorado”, prometeu o executivo do BNB, revelando que os funcionários da futura Superintendência do Agronegócio e de suas agências especializadas no setor “terão metas a cumprir e serão punidos se elas não forem cumpridas”. 

INTRAPLAST, FINALMENTE, SERÁ INAUGURADA

Deveria ter sido no dia 17 de março do ano passado. 

A pandemia da Covid-19, porém, cancelou o evento, que será, finalmente, realizado quinta-feira, 17, às 8:30.

Trata-se da inauguração da Intraplast, primeira indústria a instalar-se no Polo Químico de Guaiúba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ela produzirá embalagens pet bolos, tortas, doces, salgados, sushis e ovos.

Coincidentemente, será realizada uma Sessão Itinerante da Assembleia Legislativa do Estado, em Guaiúba, que se realizará no centro da cidade de Guaiúba. A política sempre arranja um jeito de aparecer na foto.