Lideranças políticas e institucionais reuniram-se ontem, 26, em Brasília, no evento “Nordeste em pauta – A importância da região para o desenvolvimento econômico do país”, que tratou das diversas cadeias produtivas e a contribuição dos estados nordestinos na geração de emprego e renda.
O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, conduziu a apresentação, ao lado da governadora do Rio Grande do Norte e presidente do Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra.
“O Nordeste não é um problema, ele é parte da solução de fazer um Brasil ainda mais forte”, declarou o presidente do BNB, Paulo Câmara, ao destacar as potencialidades econômicas que estão influenciando diretamente na melhoria de vida da sociedade nordestina.
Câmara afirmou que, somente em 2023, o Banco aplicou R$ 58,5 bilhões em contratações, um aumento de 27% dos recursos em comparação a 2022, com prioridade para empreendimentos no semiárido.
“Nossa rede conta com mais de mil pontos de atendimento integral dos clientes, entre agências e postos de microfinanças. Vamos continuar investindo em todos os segmentos econômicos para a geração de empregos, bem como em infraestrutura, a exemplo do saneamento, área prioritária no PAC do Governo Federal na próxima década”, disse Paulo Câmara.
O Nordeste tem hoje – como tinha há 20 anos – 14% do PIB do país e 28% da população. Segundo os especialistas participantes do evento, o desafio a ser enfrentado é alcançar equilíbrio, baseado em negócios sustentáveis, para que a região continue crescendo acima da média nacional. Para isso ser alcançado, áreas como agronegócio, educação, turismo, energias renováveis e linhas de transmissão são fundamentais no avanço dos índices econômicos e sociais.
Segundo a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, o Consórcio Nordeste tem papel preponderante nesse processo de crescimento da região, pois se legitimou como importante espaço de unidade política para tratar de soluções aos principais desafios desses nove estados.
“Estamos em debate programático, articulação e diálogo para um crescimento inclusivo e justo. Há uma grande janela de oportunidades, a começar com investimentos de R$ 700 bilhões via PAC, nos próximos anos, além de termos protagonismo na área de energias renováveis. Somente o Rio Grande do Norte, líder nesse tipo de geração há uma década, produz 30% de energia eólica do país”, destacou a governadora.